Investing.com – Os contratos futuros de petróleo atingiram hoje os níveis mais fracos desde dezembro de 2010, uma vez que preocupações com as perspectivas econômicas globais e reservas amplas fizeram os preços cair.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em dezembro atingiram uma baixa diária de US$ 86,63 por barril, um nível não visto desde dezembro de 2010.
Os preços recuperaram-se e foram negociados a US$ 86,86 durante as negociações norte-americanas da manhã, caindo US$ 2,56, ou 2,86%.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo norte-americano com vencimento em novembro foi negociado a US$ 84,02 por barril, caindo US$ 1,72, ou 2,01%.
Os futuros de petróleo da Nymex caíram para US$ 83,59 por barril em 10 de outubro, um nível não visto desde julho de 2012.
Os temores de que a Alemanha, maior economia da zona do euro, está sendo arrastada para uma recessão cresceram após o Centro ZEW de Pesquisas Econômicas ter informado que seu índice de sentimento econômico alemão caiu 10,5 pontos este mês, para 3,6.
Um relatório separado mostrou que a produção industrial na zona do euro recuou 1,8% em agosto, pior do que as previsões de uma queda de 1,6%.
Enquanto isso, a Agência Internacional de Energia (IEA) reduziu sua projeção de demanda global de petróleo pelo quarto mês consecutivo no início do dia, em meio a reservas globais amplas e demanda menor nos EUA, China e Europa.
A agência disse que espera agora que a demanda mundial de petróleo para 2014 totalize 92,4 milhões de barris por dia, caindo 200.000 barris por dia em relação ao relatório de setembro.
A IEA acrescentou que acredita que o crescimento da demanda “pode ter chegado ao nível mais baixo” e deve melhorar de forma estável.
O petróleo Brent negociado em Londres caiu quase 23% desde junho, quando subiu e ficou perto de US$ 116,00, após a violência no Oriente Médio e no norte da África, ao passo que o petróleo WTI está em baixa de quase 21% em relação a uma recente alta de US$ 107,50 em junho.
As reservas mundiais ultrapassaram muito a demanda nos últimos meses, desencadeando especulações entre os investidores sobre se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduzirá a produção para manter os preços altos.
Os ministros do petróleo da OPEP devem se reunir em Viena, em 27 de novembro, para considerar a possibilidade de ajustar sua meta de produção de 30 milhões de barris por dia para o início de 2015.
Um relatório divulgado na semana passada mostrou que a produção de petróleo da OPEP atingiu 31 milhões de barris por dia em setembro, uma alta de dois anos, causada por produção maior no Iraque e na Líbia.
Apesar dos apelos para uma redução na produção, o ministro do petróleo do Kuwait, Ali al-Omair, disse ontem que é improvável que reduzam a produção para apoiar os preços.
Enquanto isso, a Arábia Saudita disse reservadamente aos participantes do mercado de petróleo que está pronta para aceitar que os preços do petróleo fiquem abaixo de US$ 90 por barril, e talvez até US$ 80, por um longo período, em um esforço para diminuir a expansão dos produtores rivais e manter sua quota de mercado na Ásia e Europa.
A Arábia Saudita é o maior exportador entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC) e produz aproximadamente 10 milhões de barris por dia.