Investing.com – Os futuros norte-americanos de petróleo foram negociados perto dos níveis mais baixo em mais de quatro meses nesta terça-feira, uma vez que os traders estavam aguardando novos dados semanais sobre as reservas norte-americanas de produtos brutos e refinados que devem ser divulgados no final do dia.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto com vencimento em setembro atingiu uma baixa da sessão de US$ 46,70 por barril, o nível mais fraco desde 24 de março, antes de ficar em US$ 47,31 nas negociações norte-americanas da manhã, uma queda de 8 centavos, ou 0,17%.
Na segunda-feira, os futuros de petróleo negociados na Nymex perderam 75 centavos, ou 1,56%, para US$ 47,39, uma vez que as contínuas preocupações com a alta produção do petróleo nacional pesaram.
De acordo com o grupo de pesquisa industrial, Baker Hughes (NYSE:BHI), o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA subiu em 21 na semana passada, para 659, o nível mais alto desde maio.
Os participantes do mercado estavam aguardando novos dados semanais sobre os estoques norte-americanos de produtos brutos e refinados para medir a força da demanda no maior consumidor de petróleo do mundo.
O American Petroleum Institute (API) divulgará seu relatório sobre reservas no final do dia, ao passo que o relatório de quarta-feira do governo pode revelar que os estoques de petróleo bruto caíram 0,4 milhões de barris, na semana encerrada em 24 de julho.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em setembro atingiu uma baixa da sessão de US$ 52,31 por barril, um nível não visto desde 30 de janeiro, antes de ser negociado a US$ 52,77, uma queda de 71 centavos, ou 1,34%.
Um dia antes, os futuros de Brent negociados em Londres perderam US$ 1,15, ou 2,11%, para US$ 53,47, em meio a preocupações de que uma retomada das exportações de petróleo iraniano será somada a um excesso global.
O Irã e seis potências mundiais chegaram a um acordo nuclear no início do mês que acabaria com sanções contra Teerã em troca de cortes no programa nuclear do país. O Irã declaradamente acumula 30 milhões de barris de petróleo em suas reservas, prontos para exportação.
Relatórios de exportações recordes do petróleo do Iraque e a forte produção da Arábia Saudita também contribuíram para as perdas.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da OPEP no ano passado de não cortar a produção.
Enquanto isso, o spread entre os contratos de petróleo Brent e WTI ficou em US$ 5,46 por barril, em comparação com US$ 6,08 no fechamento das negociações de segunda-feira.
Enquanto isso, os investidores estavam aguardando a declaração de política monetária do Banco Central dos EUA (Fed) na quarta-feira, para novas indicações sobre quando o banco pode começar a aumentar as taxas de juros.
Em outros lugares, o Shanghai Composite colocou os investidores em uma montanha-russa nesta terça-feira, despencando quase 5% após a abertura, mostrando recuperação para o território positivo somente antes da pausa do meio-dia, caindo novamente nas negociações da tarde para fechar em 1,7 %.
O Banco Popular da China disse em uma declaração antes da abertura do mercado nesta terça-feira que vai agir para estabilizar as expectativas do mercado.
Na segunda-feira, o Shanghai Composite caiu 8,5%, a maior queda em um dia desde fevereiro de 2007, em meio a relatos de que a compra governamental de títulos e valores mobiliários desacelerou.
Os mercados de ações na China operaram em forte no início desse mês, obrigando os legisladores a intervir e fornecer medidas para aumentar a liquidez e acalmar os investidores.
A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.