Futuros de petróleo caem devido ao enfraquecimento do alívio grego

Publicado 18.06.2012, 04:58
Investing.com – Os contratos futuros de petróleo avançaram durante as negociações europeias da manhã desta segunda-feira, uma vez que o sentimento do mercado foi impulsionado após a fraca vitória do partido pró-austeridade Nova Democracia nas eleições de fim de semana na Grécia, aliviando os temores de que o endividado país deixará a zona do euro.

Mas os preços recuaram das altas anteriores porque o destino imediato da Grécia continua incerto, embora tenham persistido as preocupações com os custos cada vez maiores do endividamento da Espanha e Itália.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve doce para entrega em julho foram negociados a US$ 84,41 o barril durante as negociações europeias da manhã, recuando 04%.

O contrato de julho deve vencer no final do pregão de quarta-feira. Muitas vezes, os vencimentos de contratos levam a sessões voláteis porque os participantes do mercado procuram encerrar suas posições ou reajustar suas carteiras.

Enquanto isso, o contrato mais ativamente negociado para entrega em agosto avançou 0,5%, para US$ 84,74 por barril. Anteriormente, os futuros subiram até 1,5%, para US$ 85,82 por barril, a maior alta desde 11 de junho.

O líder do partido conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, começará forjar um governo de coalizão na tarde desta segunda-feira, após os primeiros resultados terem projetado o partido pró-resgate como vencedor nas essenciais eleições do domingo, vencendo o partido antiausteridade Syriza.

Os resultados iniciais do Ministério do Interior indicaram que o partido pró-euro Nova Democracia recebeu 29,7% dos votos, ao passo que o partido Syriza ficou em segundo lugar com 27% dos votos.

Segundo os resultados iniciais, o partido teria agora três dias para formar um governo de coalizão depois de ganhar 129 assentos dos 151 assentos que precisa para conduzir o governo com 300 assentos.

O sentimento do mercado esteve agitado nas últimas semanas por causa dos temores crescentes acerca de uma iminente saída grega do bloco da moeda única.

No entanto, os investidores permaneceram cautelosos porque o destino imediato da Grécia permanece incerto. Esta semana verá a segunda tentativa em meses de os partidos gregos formarem uma coalizão, depois que os eleitores não conseguiram apoiar conclusivamente um novo governo na eleição parlamentar de 6 de maio.

Além disso, os investidores estão cada vez mais preocupados com relação aos crescentes custos do endividamento da Espanha e Itália, em meio a temores de que os dois países serão os próximos membros da zona do euro a solicitar resgates internacionais.

O rendimento dos títulos públicos espanhóis de 10 anos subiu para uma alta recorde da era do euro na semana passada. O aumento nos custos do endividamento surgiu apesar dos esforços feitos para isolar a Espanha dos efeitos da crise da dívida soberana atual por meio da adoção de um pacote de auxílio financeiro no valor de € 100 bilhões para os bancos espanhóis.

A Espanha tornou-se, na semana passada, a quarta nação da zona do euro a solicitar auxílio financeiro internacional. Alguns investidores temem que seja apenas questão de tempo até que a Itália torne-se o próximo país a pedir ajuda.

No fim do dia, deve ter início uma reunião do G20, no México, da qual se espera que surja novas medidas para combater a crise na Europa.

Os traders de petróleo também voltaram a atenção para as negociações entre o Irã e as potências mundiais a respeito do polêmico programa nuclear do Teerã, que devem ocorrer em Moscou no fim do dia.

O Irã e as nações ocidentais permaneceram num impasse nos últimos meses com relação ao programa nuclear do Teerã. Os EUA e seus aliados temem que o programa objetive desenvolver uma arma nuclear e têm intensificado as sanções contra o país nos últimos meses, incluindo a proibição de importação de petróleo por parte da Europa, programada para vigorar a partir de 1 de julho. O Irã informou que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

Na ICE Futures Exchange, os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em agosto subiram 0,75%, para US$ 98,33 por barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto ficando em US$ 13,59.

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