Libere dados premium: até 50% de desconto InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Governo decidiu fazer avaliação ambiental estratégica na Foz do Amazonas, diz Marina

Publicado 24.05.2023, 15:00
© Reuters. Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante entrevista à Reuters em Brasília
24/03/2023 REUTERS/Adriano Machado
EQTL3
-
PETR4
-

(Reuters) - A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quarta-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou a decisão de que será feita uma avaliação ambiental estratégica na região da foz do rio Amazonas onde a Petrobras (BVMF:PETR4) pretende explorar petróleo.

"Ontem nós tivemos uma discussão, e a discussão foi muito importante, foi a discussão de um governo republicano, que respeita a lei, que não é negacionista... e a decisão do governo foi de que nós vamos fazer sim a avaliação ambiental estratégica", disse Marina em audiência na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, acrescentando que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, concorda que a avaliação precisa ser realizada.

A ministra disse que o parecer do Ibama que rejeitou pedido da Petrobras para explorar petróleo na região foi assinado por 10 técnicos da agência, que apontaram justamente a necessidade da avaliação técnica, que é de responsabilidade do governo.

Em seu despacho, o Ibama amarrou uma futura decisão sobre qualquer exploração na região à realização de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), um estudo que abrange toda a região de possível exploração a ser tocado pelos Ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia, que mede os impactos socioambientais.

Apesar de não ser uma exigência para o licenciamento ambiental em si, está previsto em uma portaria de 2012 para áreas consideradas sensíveis, e o Ibama pode considerá-lo necessário para áreas mais sensíveis.

Na audiência, Marina também disse que não se pretende "retroagir ao passado" em relação à exploração de petróleo na Bacia Potiguar, que assim como a Foz do Amazonas fica localizada na chamada Margem Equatorial (BVMF:EQTL3), e onde já existem plataformas operando.

"Nós tínhamos ali algo como 22 lotes que foram disponibilizados, com a negativa desse poço ficamos com 21. Desses 21, três incidem sobre a Bacia Potiguar, que já é uma área consolidada, com refinaria, com exploração de petróleo e que obviamente a gente não tem como retroagir o passado, porque a realidade já aconteceu, ela já foi mudada", disse a ministra.

"A lei que foi criada que obriga a avaliação ambiental estratégica, ou avaliação ambiental integrada, ou avaliação ambiental para área sedimentar foi em 2012, e houve uma decisão de fazer para alguns empreendimentos e outros não. Na categoria do 'outros não' entrou a Margem Equatorial", acrescentou.

© Reuters. Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante entrevista à Reuters em Brasília
24/03/2023 REUTERS/Adriano Machado

A Petrobras tem na Bacia Potiguar uma descoberta em águas profundas -- na ultima perfuração realizada na Margem Equatorial em 2015 -- chamada Pitu. A estatal pretende fazer um poço de extensão para avaliar melhor a reserva descoberta em Pitu.

No entanto, para essas atividades em Potiguar, a empresa espera obter ainda a licença nos próximos meses, e não deseja transferir as discussões relacionadas à Foz do Amazonas, para Potiguar, segundo fontes ouvidas pela Reuters, que ressaltaram que a empresa irá avaliar o desenvolvimento da questão.

 

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.