Governo inclui 91 blocos de petróleo em oferta permanente e prevê arrecadar R$2,4 bi

Publicado 29.11.2024, 11:35
© Reuters. Plataforma de petróleo do tipo FPSO Anita Garibaldi no estaleiro Aracruzn24/04/2023nREUTERS/Ricardo Moraes
CL
-
PETR4
-

Por Marta Nogueira e Letícia Fucuchima

RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO (Reuters) - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou manifestação para incluir 91 novos blocos de petróleo no sistema de oferta permanente, com previsão de arrecadar 2,4 bilhões de reais em bônus de assinatura, considerando os sistemas de partilha e de concessão, nos próximos leilões.

Segundo comunicado da pasta nesta sexta-feira, a nova oferta, assinada em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, abrange 39 áreas na Bacia de São Francisco, em Minas Gerais, 41 blocos e um campo de acumulação marginal na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, e 11 blocos no polígono do pré-sal.

Esses blocos irão compor o próximo ciclo de leilões, previsto para 2025.

O ato é uma entrega do programa Potencializa E&P, criado recentemente pelo governo, e vai permitir que o Brasil tenha leilões "ainda mais atrativos", disse o ministério.

Para Silveira, a inclusão dos novos blocos para oferta é uma "importante sinalização" para o mundo da "aptidão e vocação" do Brasil para receber investimentos robustos na área.

A produção de petróleo do Brasil deverá crescer dos atuais 3,5 milhões de barris por dia (bpd) para 5,3 milhões em 2030 e, após esse pico, entrará em declínio, apontaram estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O Ministério de Minas e Energia defende o aumento da produção a partir de novas fronteiras exploratórias, para que o Brasil não corra o risco de voltar a ser importador de petróleo a partir de 2040.

"Esse incremento de produção é fundamental para garantir nossa segurança energética e aumentar a geração de renda e empregos para o povo brasileiro. São recursos essenciais para que possamos concretizar uma transição energética justa e inclusiva, otimizando os recursos provenientes do petróleo para avançar nas tecnologias de descarbonização", afirmou Silveira.

Entre as novas fronteiras exploratórias, a pasta destaca a Margem Equatorial brasileira, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, região com maior potencial para novas descobertas de petróleo mas que contém também enormes desafios socioambientais.

© Reuters. Plataforma de petróleo do tipo FPSO Anita Garibaldi no estaleiro Aracruz
24/04/2023
REUTERS/Ricardo Moraes

Projeções da EPE apontam um potencial de 5 bilhões de barris de petróleo recuperáveis somente na Foz do Amazonas - onde a Petrobras (BVMF:PETR4) tenta licenciamento para perfurar um poço exploratório -, enquanto a produção da Margem Equatorial pode chegar a 1 milhão de barris por dia.

Outra fronteira na mira do governo é a exploração e produção de gás não convencional, ou "fracking". De acordo com o ministério, o Brasil poderia dobrar a produção de gás apenas com a exploração de recursos não convencionais, dadas as grandes reservas nacionais.

 

(Por Marta Nogueira e Letícia Fucuchima)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.