SÃO PAULO (Reuters) - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou nesta terça-feira a produção de café do país em 2018 em um recorde de 59,6 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,7 por cento em relação ao mês anterior, com uma reavaliação da safra em Minas Gerais, principal Estado produtor da variedade arábica.
A produção de arábica do Brasil foi estimada em 44,8 milhões de sacas, aumento de 2,5 por cento em relação ao mês anterior, após uma alta de 3,5 por cento no total colhido em Minas Gerais.
A produção mineira deve alcançar 31,4 milhões de sacas, com participação de 70,2 por cento do total produzido no Brasil.
Em relação ao ano anterior, a produção do café arábica apresentou crescimento de 28,2 por cento.
"A excelente safra decorreu da bienalidade positiva, do clima mais chuvoso nas principais regiões produtoras e dos maiores investimentos em tratos culturais realizados pelos produtores", disse o IBGE em nota.
Com a revisão, a estimativa do instituto ficou bem próxima da estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 59,9 milhões de sacas.
A Conab deve atualizar seus números da safra 2018 na próxima terça-feira.
Para o café conilon, a produção pelo IBGE foi estimada em 14,8 milhões de sacas de 60 kg, queda de 0,5 por cento ante o mês anterior.
Em novembro, houve redução das safras de Rondônia (1,2 por cento) e Minas Gerais (12,3 por cento).
Em relação ao ano anterior, a produção do café conilon apresentou crescimento de 30,4 por cento, sendo que os aumentos mais consideráveis foram informados por Espírito Santo (53,0 por cento) e Bahia (15,7 por cento), após uma seca que atingiu esses Estados em anos anteriores.
A grande safra tem permitido embarques mensais recordes de café do Brasil. Na tarde desta terça-feira, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil divulga dados de novembro.
(Por Roberto Samora)