Por Tom Miles
GENEBRA (Reuters) - A safra de soja da Argentina deverá cair para 38 milhões de toneladas após o clima quente e seco este ano, disse o economista sênior do Conselho Internacional de Grãos (IGC), Darren Cooper, nesta quarta-feira.
"Tivemos que rebaixar a previsão de safra em 18 milhões de toneladas, de 56 para 38 (milhões de toneladas) no espaço de seis meses --está indo apenas em uma direção", disse Cooper em uma conferência da ONU sobre commodities.
Cooper disse que a previsão mais baixa para a safra 2017/18 seria incluída no relatório mensal do IGC, que deve ser publicado na quinta-feira.
A previsão está em linha com a divulgada pelo Ministério da Agricultura da Argentina na semana passada, de 37,6 milhões de toneladas, após uma prolongada seca.
O IGC previu que a Argentina produziria 43 milhões de toneladas em seu último relatório em 22 de março, enquanto a previsão mais recente do Departamento de Agricultura dos EUA é de 40 milhões.
"Curiosamente, o vizinho Brasil está indo na direção oposta. Estamos vendo uma safra recorde lá para a soja", acrescentou Cooper.
No mês passado, o IGC colocou a safra de soja 2017/18 do Brasil em 114 milhões de toneladas, marginalmente abaixo dos 114,1 milhões da safra anterior, mas o USDA recentemente colocou a safra em um recorde de 115 milhões.