Por Mayank Bhardwaj e Rajendra Jadhav
NOVA DÉLHI/MUMBAI (Reuters) - A Índia orientou as usinas de açúcar a não usarem alguns derivados do processamento da cana para produzir etanol, informou o governo em uma notificação nesta quinta-feira, enquanto Nova Délhi tenta aumentar o suprimento de açúcar reduzindo a produção do biocombustível.
A Reuters informou na quarta-feira que o governo estava planejando desencorajar o direcionamento de açúcar para a produção de etanol como parte dos esforços para garantir suprimentos suficientes do adoçante no mercado local.
As medidas ajudarão a reduzir o desvio de cerca de 2,14 milhões de toneladas de açúcar para a produção de etanol a partir do caldo de cana.
Uma autoridade do setor havia dito na quarta-feira que o governo permitiria que as usinas produzissem etanol somente a partir do melaço C-heavy, um subproduto da cana que quase não contém açúcar.
As ações de fabricantes indianos de açúcar e etanol, como a E.I.D.-Parry, a Balrampur Chini Mills, a Shree Renuka, a Bajaj Hindusthan e a Dwarikesh Sugar fecharam em queda de até 6% na quinta-feira.
Chuvas irregulares no estado de Maharashtra, no oeste do país, que é o principal produtor de cana-de-açúcar, e no estado de Karnataka, no sul, levantaram preocupações sobre a produção de açúcar deste ano.
A Associação Indiana de Usinas de Açúcar, um órgão de produtores, disse no mês passado que a produção de açúcar provavelmente cairá 8%, para 33,7 milhões de toneladas no ano comercial de 2023/24.
A provável queda na produção elevou os preços locais do açúcar para seus níveis mais altos em quase 14 anos.
(Reportagem de Rajendra Jadhav e Mayank Bhardwaj)