JACARTA (Reuters) - A Indonésia pode perder até 2,4 milhões de hectares de plantações de palma, à medida que o governo resolve a questão dos direitos à terra, disse um grupo do setor na terça-feira, alertando que isso pode levar à queda da produção de palma.
O tamanho total das plantações de palma na Indonésia chegou a 16,83 milhões de hectares (41,5 milhões de acres), mas 3,3 milhões de hectares foram identificados dentro da área florestal designada.
De acordo com as regras introduzidas em 2020, dependendo da gravidade dos problemas legais, os proprietários de algumas dessas plantações poderão resolver suas licenças pagando multas.
Outros devem pagar multas, iniciar o reflorestamento e devolver suas terras às autoridades após o fim do ciclo de vida atual da plantação. As regras definem que o ciclo de uma plantação de palma dura 25 anos.
"Recebemos informações de que 2,4 milhões de hectares estão sujeitos a multas pesadas e só podem produzir por um ciclo... Ao final do ciclo, eles devem ser devolvidos ao estado e reflorestados", disse o presidente da Associação de Óleo de Palma da Indonésia (GAPKI), Eddy Martono, aos repórteres.
A GAPKI não pôde fornecer mais detalhes, embora Eddy tenha dito que algumas plantações ainda podem ser produtivas por mais 10 anos.
Alguns membros da GAPKI foram multados entre 6,5 milhões de rupias e 130 milhões de rupias (399 a 8.000 dólares) por hectare, disse ele.
A Indonésia é o maior produtor mundial de óleo de palma, mas sua produção estagnou entre 51 milhões e 53 milhões de toneladas métricas nos últimos cinco anos.
(Reportagem de Bernadette Christina e Fransiska Nangoy)