Investing.com - O dia começa com certo pessimismo importado das bolsas europeias e asiática que operam quase que em sua totalidade em queda após o aumento de tensão com o disparo de novo míssil da Coreia do Norte, que, desta vez, sobrevoou o Japão.
O Ibovespa Futuros perde 0,4% e volta aos 71.450 depois de um dia de leves perdas do índice, que recuou 0,08% a 71.016 em pregão de volume fraco.
A surpresa com nova demonstração de força da Coreia do Norte trouxe de volta o sentimento de aversão ao risco de uma possível escalada de guerra na península e os investidores passaram a se apoiar em ativos mais seguros como o ouro, que sobe 0,8%.
Na Ásia, o Nikkei cedeu 0,4%, o S&P/ASX 200 perdeu 0,7% e o Kospi, 0,2%. Europa perde 1,3% no CAC 40, 1,8% no DAX e 1,1% no FTSE 100, enquanto os futuros dos EUA recuam 0,4% no Dow 30, 0,5% no S&P 500 e 0,7% no Nasdaq.
No Brasil, a expectativa era de dia positivo com a votação dos destaques da TLP na Câmara dos Deputados e o projeto contendo as novas metas fiscais na Comissão Mista de Orçamento do Congresso. A previsão é que o governo consiga aprovar sua pauta, mesmo com tentativas de bloqueio da oposição.
À tarde, saem os números do resultado fiscal do governo central, o primeiro após a mudança da meta de déficit, e a expectativa do mercado é de um rombo de R$ 18,2 bilhões.
No radar dos investidores está a nova denúncia contra o presidente Temer que a Procuradoria-Geral da União deverá apresentar ainda nesta semana. Investidores apostam que Janot esperará o retorno do presidente da sua viagem à China antes de protocolar a denúncia no STF. Qualquer mudança neste cenário deverá ampliar a volatilidade, apesar de se ter a sensação de que o governo está mais forte para barrar novo pedido de investigação na Câmara.
Commodities
O petróleo opera perto da estabilidade após perder valor com a passagem da tempestade tropical Harvey sobre o Texas, área de grande concentração de refinarias e berço de produção de mais de 1,3 milhão de barris/dia de petróleo. O WTI é negociado a US$ 46,60 o barril, enquanto o Brent recua 0,2% para US$ 51,35 o barril.
O minério de ferro fechou em nova baixa na China com desvalorização de 2,8%, para 554 iuanes a tonelada, nos contratos futuros de Dalian. Para entrega spot, em Qingdao, o minério cedeu 1% para US$ 76,36 a tonelada.
Mundo corporativo
A Superintendência-Geral do Cade emitiu parecer pela reprovação da aquisição da Liquigás Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras (SA:PETR4), pela concorrente Ultragaz, da Ultrapar (SA:UGPA3).
Os autores da ação coletiva contra a Braskem (SA:BRKM5) nos Estados Unidos protocolaram uma petição requerendo mudança no cronograma previamente acertado entre as partes. Ainda de acordo com a empresa, nenhum acordo definitivo foi firmado ou apresentado à justiça norte-americana até o momento.
A Eletronuclear (SA:ELET3) e a China National Nuclear Corporation (CNNC) vão assinar um memorando para garantir a continuidade do projeto de cooperação no setor nuclear entre Brasil e China. O documento será assinado na próxima sexta-feira (1º), em Pequim, durante visita oficial do presidente Michel Temer.
A (SA:TAEE11), controlada pelas elétricas Cemig (SA:CMIG4) e Isa, anunciou uma emissão de debêntures no montante inicial de R$ 435 milhões, com data de emissão de 15 de setembro. Os recursos captados deverão ser utilizados no "Projeto Mariana", um conjunto de instalações de transmissão que será construído pela companhia em decorrência de concessão arrematada no leilão de transmissão 13/2013.
A Sabesp (SA:SBSP3) estabeleceu os termos de acordo judicial para parcelamento da dívida do município de Guarulhos. O acordo prevê o pagamento da dívida de R$ 2,9 bilhões em 480 parcelas mensais.
A produtora de cobre e laminados Paranapanema (SA:PMAM3) anunciou que fechou um acordo para adiamento de prazo para pagamento de dívidas com credores (standstill).
Com Reuters