São Paulo, 30 - A Usina Jacarezinho, empresa do Grupo Maringá que produz açúcar, etanol, levedura e energia, prevê moagem de 2,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2024/25, 100 mil toneladas a menos do que na temporada 2023/24, informou a companhia em nota. A redução, segundo a empresa, está relacionada à significativa diminuição no volume das chuvas, associada às elevadas temperaturas nos últimos meses, e à possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña durante a safra.
A previsão da Usina Jacarezinho é de colheita de 81,9 toneladas por hectare (TCH), com 10,7 toneladas de açúcares totais recuperáveis (ATR) por hectare na safra 2024/25. O mix da empresa será mais açucareiro: de 72%. Do açúcar, 36% será branco e 64%, bruto. Em relação ao etanol, a expectativa é de destinar 28% ao combustível. Desse volume, 44% irão para anidro e 56% para hidratado.
Desde a safra 2023/24, a Usina Jacarezinho produz três tipos de leveduras (inativa, autolisada e parede celular). Foram 2.226 toneladas de levedura na temporada anterior. Para este novo ciclo, a previsão é ampliar a produção em 12,3%, para 2,5 mil toneladas. Já a Maringá Energia, unidade de cogeração que utiliza o bagaço da cana-de-açúcar resultante do processo produtivo para fabricar energia elétrica limpa e renovável, deve manter o patamar da safra anterior, quando foram produzidos 95.545 MWh.
Na nota, a Usina Jacarezinho cita novidades para a safra, caso de uma nova mesa com sistema de limpeza a seco, responsável por retirar até 20 quilos de impurezas vegetais e minerais em cada tonelada de cana descarregada após a colheita.
Segundo a empresa, a melhoria resulta em maior aproveitamento da calda extraída e na moagem de até 800 toneladas de cana-de-açúcar a mais por dia. Os resíduos do processo são reaproveitados na caldeira, para geração de energia térmica, e na compostagem, para produção de adubos, afirmou a empresa.