Investing.com - A sessão desta quinta-feira foi marcada por valorização nos contratos do minério de ferro, negociados na bolsa de mercadorias de Dalian, na China. O ativo de maior volume de negócios, para janeiro do ano que vem, teve ganhos de 1,27% a 518,50 iuanes para cada tonelada, representando uma variação diária de 6,50 iuanes.
No caso do vergalhão de aço, que tem seus papéis transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai, a sessão foi marcada por rumos distintos. O contrato de maior liquidez, de janeiro de 2019, somou 47 iuanes para um total de 3.729 iuanes por tonelada, enquanto o segundo mais negociado, de maio do próximo ano, perdeu 9 iuanes para um total de 3.448 iuanes por tonelada.
Os principais índices acionários da China fecharam em queda nesta quinta-feira, prolongando as perdas ligadas à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, e poucos analistas esperam que a disputa ou a fraqueza do mercado acabem em breve.
Analistas dizem que os mercados financeiros da China podem se estabilizar no curto prazo, com cautela antes das negociações entre o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a reunião do G20 na Argentina no final deste mês.
Mas enquanto qualquer alívio da guerra comercial provavelmente elevará as ações chinesas, o efeito poderia rapidamente desvanecer, dada a desaceleração da economia chinesa e a probabilidade de que os laços entre os EUA e a China continuem tensos.
"A confiança do mercado está altamente relacionada com as disputas comerciais entre os dois países ... Uma genuíno recuperação dos mercados de capitais a curto prazo depende de um acordo ser alcançado" na reunião do G20, disse Cao Yuanzheng, economista-chefe do Bank of China International.
Os investidores não estão otimistas, mas estão deixando espaço para surpresas. "O Sr. Trump é imprevisível", disse Lin Lu, um investidor profissional em Xangai. "Você nunca sabe quando ele vai fazer uma reviravolta."
Mesmo no caso de um acordo, no entanto, as perspectivas de longo prazo "não são muito otimistas, se os EUA tratarem a China como um rival estratégico", disse Cao.
Além disso, "internamente, a China ainda enfrenta forte pressão econômica descendente", acrescentou.
Com Reuters.