(Reuters) - O ministro do Petróleo da Arábia Saudita pediu que os executivos do setor de energia "fiquem juntos" durante a pior deterioração do mercado em décadas, dizendo que está confiante de que o crescente apoio a um acordo para congelar a produção amenize o excesso de oferta global.
Após um discurso que reafirmou a razão por trás da decisão da Arábia Saudita de manter a produção em face da queda dos preços, Naimi disse na conferência IHS CERAWeek, em Houston (EUA), que espera que "a maioria dos países" assine o acordo provisório sobre a produção de petróleo, talvez em uma reunião em março.
O acordo, anunciado após uma reunião surpresa entre Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar uma semana atrás, é "o começo de um processo", ele disse, ecoando comentários semelhantes de outras autoridades do Golfo Pérsico ao longo da última semana.
Mas ele foi cauteloso ante expectativas de que isso pode levar à redução na produção, que estava em níveis recordes em alguns países no mês passado. Ele não citou especificamente o problema do Irã, que é o maior obstáculo para um acordo global, com o país focando em aumentar a produção após a retirada das sanções internacionais.
"Tenho certeza que o congelamento dará alguma esperança às pessoas no mercado de que algo acontecerá e de fato acontecerá - mas não estamos bancando os cortes porque há menos confiança", disse ele.