Investing.com – Os preços do ouro apresentaram forte alta hoje, uma vez que um dólar impulsionou o apelo pelo metal precioso, ao passo que os investidores aguardam os ganhos sobre os rendimentos de títulos globais.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em fevereiro, subiram US$ 10,30, ou 0,87%, sendo negociados a US$ 1.193,30 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, após atingirem uma alta da sessão de US$ 1.196,00.
Um dia antes, ouro caiu US$ 5,90, ou 0,5%, sendo negociado em US$ 1.183,00. Espera-se que os preços encontrem apoio em US$ 1.168,40, a baixa de 1 de maio, e resistência em US$ 1.199,30, a alta de 5 de maio.
Também na Comex, os futuros da prata com vencimento em julho subiram 8,1 centavos, ou 0,5%, para US$ 16,39 por onça-troy. Na segunda-feira, a prata caiu 15,1 centavos, ou 0,92%, para US$ 16,31.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,66% para 94,48, reaproximando-se da queda de dois meses de 93,96.
Geralmente, a fraqueza do dólar beneficia o ouro, uma vez que ela aumenta o apelo do metal como um bem alternativo e deixa as commodities em dólar mais baratas para os detentores de outras moedas.
Uma nova liquidação dos preços globais dos títulos do governo tomou conta do sentimento do mercado. Os rendimentos dos títulos de 10 anos da Alemanha subiram 10,7 pontos-base, ou 17,86%, para atingir 0,706%, após apresentar uma alta diária de 0,740%.
O rendimentos dos títulos do governo alemão atingiu uma baixa histórica de 0,048% em 17 de abril, antes de apresentar alta uma vez que os receios contra a deflação diminuíram em meio a recuperação dos preços do petróleo e após a introdução do forte programa de flexibilização quantitativa (QE) do Banco Central Europeu.
Enquanto isso, nos EUA, o rendimento de 10 anos do Tesouro avançou 4,8 pontos-base, ou 2,11%, para atingir 2,320%, o nível mais alto desde 8 de dezembro.
As preocupações com a Grécia permaneceram em foco, após Antes ter realizado o pagamento de uma parcela do empréstimo no valor de € 770 milhões para o Fundo Monetário Internacional no início do dia, diminuindo as preocupações de que estava à beira da inadimplência.
A nação em dívida está lutando para chegar a um acordo com seus credores internacionais sobre um pacote de reformas econômicas para ter acesso a mais fundos de resgate e evitar a crise de liquidez.
Os participantes do mercado estão aguardando o relatório de quarta-feira de vendas no varejo dos EUA referente ao mês de abril, para novas indicações sobre a força da economia e o prazo de aumento das taxas dos EUA.
Relatórios econômicos recentes indicaram que a economia está desacelerando desde o início do ano, o que levou muitos investidores a reduzirem as expectativas quanto ao prazo de um aumento de taxa por parte do Banco Central dos EUA (Fed).
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em julho subiu 3,2 centavos, ou 1,1%, para US$ 2,935 por libra.
Os participantes do mercado estão aguardando a divulgação de uma série de dados econômicos oriundos da China na quarta-feira, para mais indicações sobre a força da economia e a possível evolução futura da política monetária. A nação asiática vai divulgar dados sobre a produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos referentes ao mês de abril.
Dados econômicos recentes da China indicaram que a recuperação continua frágil e pode precisar de mais estímulo monetário.
No domingo, o Banco Popular da China cortou sua taxa básica de juros em um quarto de ponto percentual para 5,10% de 5,35%, a fim de estimular a atividade econômica e impulsionar o crescimento.
Foi o terceiro corte da taxa desde novembro, indicando que Pequim está se tornando mais agressiva no apoio à economia, uma vez que sua força diminuiu e os riscos de deflação subiram.
A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial.