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Ouro amplia perdas após relatório de gastos do consumidor dos EUA

Publicado 03.08.2015, 09:49
© Reuters.
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Investing.com – Os preços do ouro ampliaram as perdas nesta segunda-feira, após dados terem mostrado que os gastos pessoais subiram em consonância com as expectativas do mercado em junho, evidenciando o otimismo com a saúde da economia e apoiando o caso para um aumento das taxas de juros neste ano.

Os futuros de ouro, com vencimento em dezembro, caíram US$ 4,30, ou 0,39%, na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e foram negociados a US$ 1.090,80 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã.

Os futuros atingiram uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 em 24 de julho. Os preços do ouro perderam US$ 79,50, ou 6,72%, em julho, a maior queda mensal desde junho de 2013.

O Departamento de Comércio informou que os gastos pessoais subiram 0,2% em junho, em consonância com as expectativas. Os gastos pessoais subiram 0,7% em maio, cujos números foram revistos em relação a um ganho projetado anteriormente de 0,9%.

Os gastos dos consumidores configuram a maior fonte de crescimento econômico dos EUA, respondendo por até dois terços da atividade econômica.

O relatório também mostrou que a renda pessoal subiu 0,4% em junho, acima das projeções para um aumento de 0,3%, após ter aumentado 0,4%l em maio.

Enquanto isso, o índice de preços IPC avançou 0,1% em junho, em consonância com as expectativas de 0,2% e após ter subido 0,1% em maio. O índice de preços IPC cresceu a uma taxa anualizada de 1,3%, acima das estimativas para 1,2% e após um ganho de 1,3% em maio.

O Federal Reserve (Fed) utiliza o índice de preço PCE (gastos de consumo) como uma ferramenta para ajudar a determinar a necessidade de aumentar ou reduzir as taxas de juros, com o objetivo de manter a inflação em uma taxa de 2% ou menor.

No final do dia, o Institute of Supply Management (ISM) deve divulgar dados sobre a atividade manufatureira nos EUA. Os participantes do mercado também estão se concentrando no relatório NFP (non-farm payrolls) de sexta-feira.

O ouro tem estado sob forte pressão de vendas nas últimas semanas, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros nos próximos meses, pela primeira vez em nove anos.

O banco central parecia mais otimista com a economia após a reunião de política da semana passada, deixando a porta aberta para um aumento das taxas de juros até setembro.

As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.

O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, ficou em 97,58 no início do dia, uma alta de 0,15% para o dia.

O índice do dólar subiu 1,86% em julho, impulsionado pelas expectativas de que o banco central dos EUA poderia aumentar as taxas em setembro, se a economia continuar melhorando como o esperado.

Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.

Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro caíram 10,0 centavos, ou 0,68%, para US$ 14,64 por onça-troy.

Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro caiu 3,1 centavos, ou 1,32%, sendo negociado em uma baixa de seis anos de US$ 2,332 por libra, no início do pregão em Nova York.

Relatórios de produção decepcionantes evidenciaram as preocupações com a saúde do setor industrial da China.

O índice Caixin/Markit de gerentes de compra (PMI) do setor industrial de julho divulgado hoje caiu para 47,8, de uma leitura preliminar de 48,2. Foi a menor leitura desde julho de 2013.

Enquanto isso, índice dos gerentes de compra do setor industrial oficial da China divulgado no sábado caiu para 50,0 no mês passado, de 50,2 em junho, com a queda de novos pedidos.

Os traders de cobre consideraram a atividade industrial chinesa como um indicador da demanda de cobre da nação, uma vez que o metal vermelho é amplamente utilizado pelo setor.

Os preços do metal vermelho despencaram 25,1 centavos, ou 9,6%, em julho, uma vez que quedas acentuadas no mercado de ações da China impactaram a confiança dos investidores.

A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.



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