Investing.com – Os futuros de ouro atingiram uma baixa de 11 semanas pela segunda sessão consecutiva hoje, após relatos de que a Ucrânia e a Rússia chegaram a um acordo de cessar-fogo no leste da Ucrânia.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro caiu para US$ 1.262,10 por onça-troy, um nível ainda não visto desde 17 de junho, antes de subir e ser negociado em US$ 1.267,00 nas negociações norte-americanas da manhã.
Um dia antes, o ouro caiu 1,74%, ou US$ 22,40, sendo negociado em US$ 1.265,00 após dados robustos do setor de manufatura dos EUA somaram-se ao otimismo com a força da economia e alimentaram expectativas de que o Fed começará a aumentar as taxas mais cedo do que se pensava anteriormente.
Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.258,00, a baixa de 17 de junho, e resistência em US$ 1.290,90, a alta de 2 de setembro.
O ouro atingiu os níveis mais baixos da sessão, após o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ter dito que tinha concordado em um “cessar-fogo permanente” no leste da Ucrânia com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
No entanto, os preços se recuperaram após o porta-voz do presidente Putin ter afirmado em seguida que não havia concordado com um cessar-fogo, uma vez que Rússia não fazia parte do conflito, mas acrescentou que os dois líderes “discutiram como acabar com o conflito”.
Enquanto isso, os investidores voltaram a atenção para um relatório recente sobre emprego nos EUA, que deve ser divulgado na sexta-feira, para mais indicações sobre a força da recuperação do mercado de trabalho, um fator-chave na decisão sobre a trajetória futura da política monetária.
Os participantes do marcado também estão aguardando a reunião do Banco Central Europeu de quinta-feira, em meio a crescentes expectativas de que o banco anuncie medidas de flexibilização quantitativas, como forma de reforçar o crescimento e evitar a deflação.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, atingiu uma alta de 13 meses de 83,07 no início do dia, antes de reduzir os ganhos e ser negociado em 82,93.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Enquanto isso, a prata com vencimento em dezembro subiu 0,11%, ou 2,1 centavos, para US$ 19,17 por onça.
Enquanto isso, nas negociações de metais, o cobre com vencimento em dezembro caiu 0,39%, ou 1,2 centavos, para US$ 3,143 por libra, uma vez que as preocupações contínuas com a economia da China diminuíram o apetite por ativos atrelados ao crescimento.
Os dados divulgados no início da semana mostraram que o crescimento no setor fabril chinês desacelerou no mês passado, indicando que a recuperação da economia como um todo continua frágil e pode precisar de mais estímulo do governo.
A China é a maior consumidora mundial de cobre, representando quase 40% da demanda global.