O contrato mais líquido do ouro fechou a sexta-feira, 14, em forte baixa, pressionado pela valorização do dólar ante rivais, pela alta dos rendimentos dos Treasuries e pelo aumento de expectativas de uma elevação de juros de 25 pontos base na próxima decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em maio.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 1,92%, a US$ 2.015,80 por onça-troy. Na semana, o ouro teve baixa de 0,52%.
O diretor do Fed Christopher Waller afirmou que o BC norte-americano ainda terá mais a fazer na política monetária, destacando que o aperto deverá ser maior do que os mercados precificam. Como resultado, o dólar ganhou impulso, pressionando o ouro, já que o metal é cotado na moeda americana.
No fim da tarde, a ferramenta FedWatch do CME Group apontava uma chance de 82,1% de alta de 25 pontos-base (pb) nos juros em maio pelo BC norte-americano.
Entretanto, apesar de o ouro ter sido prejudicado pela fala de Waller e por outros dados dos Estados Unidos desta sexta, como as expectativas de inflação da Universidade de Michigan, a Navellier chama atenção para o fato de que o metal precioso segue operando acima do suporte de US$ 2 mil por onça-troy.