O contrato futuro mais líquido do ouro fechou nesta terça-feira, 20, em queda de mais de 1%, pressionado pela alta do dólar ante grande parte das moedas fortes e emergentes e de olho nas expectativas de mais um aumento de 25 pontos-base (pb) pelo Federal Reserve (Fed).
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em queda de 1,19%, a US$ 1.947,70 por onça-troy.
Na visão do analista Edward Moya, da Oanda, o ouro é pressionado à medida que Wall Street segue pensando que o Fed entregará apenas mais um aumento de 25 pontos-base (pb) na próxima decisão monetária. "Ninguém quer estar comprado em ouro antes do que provavelmente será uma semana abreviada de discurso hawkish do Fed. O presidente do Fed, Jerome Powell, defenderá seu desempenho no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês)", afirma ele. Entretanto, o analista alerta que, "se a venda de ouro acelerar, pode ficar feia, pois o suporte principal não aparecerá até a região de US$ 1.900 por onça-troy".
Na visão do Commerzbank, a decisão de manutenção das taxas BC americano na semana passada não teve um peso duradouro no metal precioso. "Provavelmente, isso ocorre em parte porque o mercado estava antecipando novos aumentos de taxa em qualquer caso, e em parte porque a medida em que a política monetária deve ser mais restritiva não é excessiva".
Entretanto, o banco alemão indica que a previsão para o segundo semestre é de US$ 2 mil por onça-troy, "apenas" US$ 50 menor do que antes. "Ainda esperamos que o Fed tenha atingido seu pico de taxas de juros no futuro próximo e, então, comece gradualmente a preparar o mercado para uma reviravolta nas taxas de juros. Dessa forma, mantemos nossa projeção para o próximo ano, quando esperamos que o preço do ouro atinja um novo recorde histórico de cerca de US$ 2.100 por onça troy".