Ouro deve continuar subindo com cortes maiores de juros

Publicado 19.09.2024, 18:29
Atualizado 20.09.2024, 07:08
© Reuters.

Investing.com — O ouro vem subindo nos últimos meses, devido a uma combinação de fatores macroeconômicos e incertezas geopolíticas.

De acordo com os analistas do UBS, essa tendência de alta deve continuar, à medida que as condições de mercado evoluem. Entre os principais vetores dessa alta sustentada estão os cortes nas taxas de juros, o enfraquecimento do dólar e os persistentes riscos geopolíticos.

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O UBS vê o ouro como uma proteção ideal contra essas incertezas, indicando que o forte desempenho do metal ainda está longe de acabar.

Um dos principais fatores que sustentam a alta do ouro é a expectativa de novos cortes de juros pelos bancos centrais, especialmente pelo Federal Reserve dos EUA.

Com a diminuição das pressões inflacionárias e o aumento das preocupações com o crescimento econômico, espera-se que os bancos centrais adotem políticas monetárias mais flexíveis.

"Mantemos a visão de que uma queda de 150 a 200 pontos-base nos rendimentos de curto prazo nas economias desenvolvidas nos próximos 12 a 18 meses levará a um aumento de investimentos no próximo ano," afirmaram os analistas.

Taxas de juros mais baixas tendem a tornar o ouro mais atraente para os investidores, pois reduzem o custo de oportunidade de manter ativos que não rendem juros, como o ouro.

Com o Federal Reserve dos EUA sinalizando uma possível mudança para cortes de juros, o apelo do ouro como ativo de refúgio deve se fortalecer, atraindo mais capital para o mercado.

O enfraquecimento do dólar americano é outro fator crucial para o recente desempenho do ouro. Historicamente, os preços do ouro e do dólar têm uma relação inversa.

À medida que o dólar se desvaloriza, o preço do ouro em outras moedas se torna mais acessível, aumentando a demanda global.

O UBS espera que o dólar continue a perder força devido ao afrouxamento monetário e ao enfraquecimento da economia dos EUA. Essa tendência de queda deve aumentar a atratividade do ouro, especialmente em mercados emergentes, onde as moedas vêm sendo pressionadas pelas altas taxas de juros nos EUA.

Além dos fatores macroeconômicos, os analistas do UBS destacam que as incertezas geopolíticas continuam sendo um motor importante para a alta do ouro.

Riscos geopolíticos, como o conflito na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio, devem persistir mesmo após as eleições presidenciais dos EUA.

Essas incertezas aumentam o papel do ouro como um ativo seguro, especialmente para investidores que buscam proteção contra a volatilidade dos mercados.

O UBS acredita que esses fatores geopolíticos continuarão impulsionando a demanda por investimentos em ouro.

Isso é refletido no aumento dos fluxos para fundos negociados em bolsa (ETFs) lastreados em ouro, que vêm crescendo de forma constante nos últimos meses.

A demanda por investimento, especialmente por meio dos ETFs de ouro, deve ser um dos principais motores da próxima alta do metal. O UBS observa que os fluxos para esses fundos ganharam força, revertendo as saídas anteriores e reduzindo a queda acumulada no ano.

Com o cenário econômico global incerto, os investidores estão se tornando mais avessos ao risco, e os ETFs de ouro devem atrair ainda mais interesse.

Outro fator importante de demanda por ouro tem sido os bancos centrais, que continuam diversificando suas reservas e reduzindo sua dependência do dólar americano. Esse movimento, conhecido como "desdolarização", deve continuar elevando os preços do ouro.

Os analistas sugerem que as compras de ouro pelos bancos centrais devem permanecer fortes, à medida que os países buscam reduzir sua exposição ao dólar americano em meio a tensões globais crescentes.

O UBS projeta que o preço do ouro pode alcançar novos patamares nos próximos anos, com uma meta de US$ 2.700 por onça até meados de 2025. Essa previsão é impulsionada pela convergência de cortes de juros, um dólar enfraquecido e riscos geopolíticos persistentes.

O banco vê potencial para o ouro superar outras classes de ativos, especialmente em um cenário de desaceleração econômica global, que pode criar obstáculos para as ações tradicionais.

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