O ouro fechou em alta forte, com atratividade ampliada por queda nos juros dos Treasuries e dólar fraco no exterior. Investidores digerem também o enfraquecimento nas economias da Europa e dos Estados Unidos, sinalizado por leituras preliminares dos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) industrial e de serviços.
No fechamento, o ouro para dezembro fechou em alta de 1,15%, a US$ 1.948,10 a onça-troy, na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A queda nos juros dos Treasuries e o enfraquecimento do dólar no exterior ofereceu alívio para as negociações do ouro, impulsionando o metal precioso próximo ao nível de US$ 1.950. Segundo a CMC Markets, o movimento ocorreu na esteira de PMIs abaixo do esperado na zona do euro, Reino Unido e Estados Unidos.
Para a Capital Economics, os dados sinalizam uma recessão econômica na zona do euro e no Reino Unido já a partir do terceiro trimestre. Além disso, na visão da consultoria, os Estados Unidos "mal estão crescendo", considerando a forte desaceleração no PMI de serviços.
Analista da Oanda, Edward Moya nota que este enfraquecimento deve oferecer algum alívio para a escalada global de juros de bônus soberanos. "O ouro poderá ter uma grande recuperação se observarmos uma pequena pressão no mercado de títulos, mas uma tendência de alta a longo prazo parece improvável, uma vez que as taxas de juros provavelmente permanecerão mais altas durante algum tempo", projeta Moya.