O contrato futuro do ouro registrou leve baixa nesta quarta-feira, 13, recuperando parte das perdas de mais cedo diante do quadro de viés negativo para os juros dos Treasuries, que concorrem com o metal como opção segura de investimento. O movimento ocorreu após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em geral em linha com o esperado pelo mercado provavelmente não mudar os planos do Federal Reserve (Fed) de pausar a alta de juros na reunião de setembro, segundo vários analistas, entre eles a Capital Economics.
O ouro para dezembro fechou em queda de 0,13%, a US$ 1.932,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Hoje, a commodity chegou a estender perdas logo após a divulgação do CPI dos EUA, que subiu 0,6% em agosto e acelerou a taxa anual a 3,7%. Para a Stifel, os dados da inflação mostram que o Fed vai precisar elevar os juros mais uma vez, em algum momento. A reação imediata dos juros dos Treasuries longos, ativos de segurança que rivalizam com o ouro, foi de alta, mas o ímpeto foi caindo ao longo do dia, com melhora do sentimento e dos ativos de risco, em quadro de certa volatilidade.
"Suspeitamos que os investidores possam ter ficado um pouco aliviados pelo fato de os números da inflação não terem sido ainda piores", diz o chefe de pesquisa de commodities da Marex, Edward Meir.
Para Edward Moya, analista da Oanda, a tendência do ouro é de alta nos próximos dias, aproveitando "as más notícias econômicas". "É claro que a economia irá enfraquecer de forma constante no futuro, e é provável uma nova alta de juros em novembro", acredita ele. Entre outros analistas, há divisão sobre qual deve ser a política do Fed no restante do ano.