O contrato mais líquido do ouro fechou em queda nesta quarta-feira, 27, pressionado pela alta do dólar e dos rendimentos dos Treasuries. Analistas avaliam que o metal precioso sofreu com o retorno da apetite ao risco acenando aos mercados acionários.
O ouro para junho encerrou a sessão com queda de 0,80%, a US$ 1.888,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), saindo do nível simbólico de US$ 1.900.
Craig Orlam, da Oanda, afirma que mesmo com um desconforto subjacente, "estamos vendo um pouco de positividade nos mercados hoje".
No entanto, de acordo com Edward Moya, também da Oanda, o ouro recebeu uma dose dupla de más notícias, com as ações dos Estados Unidos encenando recuperação, diminuindo a demanda por portos seguros, enquanto o dólar continua a subir. "O ouro é muito vulnerável a outra queda se o apetite ao risco receber outro impulso diante da perspectiva de que a China pode estar pronta para relaxar alguns de seus bloqueios contra a covid-19", diz.
O Commerzbank destaca que a Suíça praticamente não exportou ouro para a Ásia em março, devido à crise de covid-19 que a China enfrenta.
"Os números suíços foram essencialmente confirmados por dados da China Gold Association, que informou que a demanda de ouro chinesa caiu quase 10% para cerca de 260 toneladas no primeiro trimestre", diz o texto.
*Com informações da Dow Jones Newswires