Investing.com - A cotação do ouro flutuava em torno da máxima de duas semanas e meia nesta quinta-feira, já que a percepção sobre o dólar permanecia vulnerável mesmo com a divulgação de dados norte-americanos positivos.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro recuavam 0,13% para US$ 1.356,2 a onça troy por volta das 11h45, não muito distantes de US$ 1.359,70, pico de duas semanas e meia atingido durante a sessão.
O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta quinta-feira que o índice de preços no produtor teve aumento de 0,4% em janeiro, alinhado às expectativas. Em relação ao ano anterior, os preços no produtor subiram 2,7% no mês passado.
Outro relatório mostrou que os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA tiveram aumento de 7.000 e totalizaram 230.000 na semana encerrada em 10 de fevereiro, o que também se alinha às expectativas.
Também nesta quinta-feira, o índice da atividade industrial do Fed de Filadélfia subiu para 25,8 em fevereiro a partir de 22,2 no mês anterior, superando expectativas de recuo para 21,1, ao passo que o índice Empire State da atividade industrial teve redução para 13,10 a partir de 17,70, diferente das projeções de queda para 17,50.
O metal precioso mantinha sustentação uma vez que expectativas de um ritmo mais acelerado de aumentos de juros do Federal Reserve levaram os rendimentos do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos, tidos como referência, à máxima de quatro anos de 2,928%.
O ouro é sensível a movimentos tanto nas taxas de juros dos EUA quanto no dólar. Um dólar mais fraco torna o ouro mais barato a detentores de moedas estrangeiras, ao passo que um aumento nas taxas de juros dos EUA aumenta o custo de oportunidade de se ter ativos de baixo rendimento como o metal amarelo.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,26% para 88,69, seu nível mais baixo desde 2 de fevereiro.
Participantes do mercado apostavam em um ritmo mais acelerado de aumentos dos juros dos EUA após o Departamento de Comércio do país afirmar que a inflação dos preços ao consumidor subiu 0,5% em janeiro, aumento maior do que o esperado. Em relação ao ano passado, os preços ao consumidor subiram 2,1%, superando expectativas de aumento de 1,9%.
Ainda na divisão Comex, contratos futuros da prata tinham queda de 0,46% e eram negociados a US$ 16,79 por onça troy.