Investing.com - Os preços do ouro operaram perto de baixas de três meses nesta quarta-feira, uma vez que os traders se preparavam para um aumento das taxas de juros pelo Banco Central dos EUA (Fed) no próximo mês.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro subiu 80 centavos, ou 0,07%, e foi negociado a US$ 1.089,30 por onça-troy, nas negociações europeias da manhã. Na véspera, os preços do ouro ganharam 40 centavos, ou 0,04%.
No dia 6 de novembro, os preços operaram em uma baixa de três meses de US$ 1.084,50 após dados terem mostrado que a economia norte-americana criou mais empregos do que o esperado em outubro, reforçando as expectativas para um aumento das taxas em dezembro pelo Banco Central dos EUA (Fed).
O dólar norte-americano permaneceu perto de altas de sete meses em relação à cesta das seis principais moedas mundiais em meio a expectativas para uma política monetária menos flexível nos EUA nos próximos meses.
As commodities vendidas em dólar tornam-se mais caras para os investidores detentores de outras moedas quando a moeda dos EUA sobe.
Os investidores estão aguardando dados norte-americanos importantes no final da semana, para mais indicações sobre a força da economia e a probabilidade de um aumento das taxas de curto prazo.
Os EUA devem divulgar dados sobre as vendas no varejo, preços ao produtor e sentimento ao consumidor na sexta-feira.
A presidente do Fed, Janet Yellen, disse na semana passada que um aumento das taxas em dezembro era uma "possibilidade real" se justificado pelos próximos dados econômicos.
Os preços do ouro perderam 8,5% desde meados de outubro, uma vez que os investidores recalibraram suas expectativas de política monetária dos EUA em resposta aos sinais agressivos do Fed.
As expectativas de um aumento da taxa de empréstimo no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Em outra parte das negociações de metais, os preços do cobre operaram em uma nova baixa de seis anos após os mais recentes números da produção industrial da China terem sido somados às preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
Os dados fracos seguiram os números decepcionantes sobre o comércio e inflação da China, divulgados no início da semana.
Os relatórios pessimistas reforçaram a visão de que a economia permanece no meio de uma desaceleração gradual que vai exigir que os legisladores em Pequim implante novas medidas para impulsionar o crescimento nos próximos meses.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial.