Alerta do Balanço de Nvidia: Por que nossa estratégia por IA ainda se posiciona na açãoLeia Mais

Pedidos de RJ por produtor rural mais que dobram no 1º tri, aponta Serasa

Publicado 04.09.2024, 16:56
Atualizado 04.09.2024, 17:01
© Reuters. Colheita de soja n7/10/2021nREUTERS/Dane Rhys
KC
-
ZL
-
ZS
-
ZM
-

SÃO PAULO (Reuters) - Os pedidos de recuperação judicial por produtores rurais brasileiros que atuam como pessoa jurídica somaram 76 no primeiro trimestre deste ano, maior número de registros para o período em uma série histórica, de acordo com dados da Serasa Experian (LON:EXPN) antecipados à Reuters.

O total representa mais que o dobro do visto na mesma época de 2023, segundo a Serasa, que ponderou que, ainda assim, o número de produtores é pequeno perto do total do país.

Em meio a uma quebra das safras de grãos no Brasil em 2023/24 e preços mais baixos de commodities como soja, produtores brasileiros continuam realizando mais pedidos de recuperação judicial, após um salto nas solicitações em 2023.

No ano passado, o mercado já sofreu com cotações mais baixas da soja (principal cultivo do país), após um recuo visto na bolsa de Chicago ante as máximas históricas registradas em meados de 2022.

A Serasa não especificou a razão para o aumento dos pedidos de RJ.

"Quando comparado ao número absoluto de transações de crédito, uma variação de 33 para 76 é uma flutuação muito pequena. O fator de aumento pode ter sido uma consequência do movimento iniciado no ano passado pela busca de RJs", afirmou o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

No começo deste ano, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) havia manifestado preocupação com o crescimento do número de pedidos de recuperação judicial, acrescentando ter recebido informações de que o procedimento estaria sendo utilizado de forma "indiscriminada" e muitas vezes "mal-intencionada", como meio de renegociação de dívidas e contratos.

No primeiro trimestre de 2022, após um período de forte alta dos preços na bolsa de Chicago, referência internacional, a Serasa registrou apenas 15 pedidos de recuperação judicial de produtores rurais pessoa jurídica.

"O número de pedidos é pequeno, e a maior parte dos produtores rurais segue operando normalmente. De todo modo, precisamos continuar incentivando a renegociação de dívidas ou soluções como o Fiagro Reorg, que são formas mais amigáveis de retomar a estabilidade financeira", acrescentou Pimenta, da Serasa.

A Serasa identificou que pedidos de RJ no primeiro trimestre partiram menos dos pequenos produtores, que marcaram apenas cinco requisições. Em seguida estão os médios, com nove solicitações, e os grandes, com 17.

Os chamados produtores considerados arrendatários de terras e grupos econômicos ou familiares relacionados ao setor – realizaram a maior quantidade, com 45 requisições.

Ainda na avaliação do primeiro trimestre deste ano, os produtores rurais PJ que atuam nos segmentos de soja e de pecuária bovina foram os que mais demandaram por recuperação judicial, com 45 e 15 solicitações, respectivamente. Os produtores de café somaram quatro pedidos, enquanto dois foram do setor de cana-de-açúcar.

O Centro-Oeste, principal região agrícola do Brasil, concentrou a procura dos produtores PJ por recuperações judiciais. O Estado do Mato Grosso liderou, registrando 26 demandantes, seguido por Goiás, com 14.

© Reuters. Colheita de soja 
7/10/2021
REUTERS/Dane Rhys

A Serasa, líder em análise de riscos e oportunidades, lembrou ainda, em nota, que possui solução que entrega avaliações específicas para o setor e que prevê o risco de inadimplência dos produtores rurais.

Segundo a empresa, é possível com o uso de modelos preditivos identificar perfis propensos à recuperação judicial, algo fundamental para o credor poder mitigar riscos na hora da concessão de crédito.

(Por Roberto Samora)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.