SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) informou que manterá por 60 dias uma redução nos preços do diesel rodoviário anunciada no domingo pelo governo federal e que, após esse prazo, os reajustes do combustível passarão a ser mensais, e não até diários como ditava antes a política da companhia.
A redução nos preços já anunciada pelo governo, para contemplar reivindicações de caminhoneiros em greve, será de 0,46 real por litro, alcançada por meio de redução da carga tributária e da subvenção a ser paga pela União, segundo a companhia.
Em meio aos protestos, a Petrobras já havia reduzido na semana passada em 0,2335 real por litro o valor médio do diesel comercializado em suas refinarias, por um prazo de 15 dias. Essa decisão foi tomada pela diretoria da empresa, e a companhia já disse que sofreria uma queda de receita de 350 milhões de reais.
Contudo, após o prazo de 15 dias, que vai até dia 7 de junho, será aplicado o novo programa de apoio do governo, com a redução adicional no valor, e a empresa será ressarcida pela União.
Dessa forma, a petroleira ressaltou que "não subsidiará o preço do diesel e não incorrerá em prejuízo, uma vez que será ressarcida pela União, em modalidade ainda a ser definida".
"A companhia está avaliando as medidas anunciadas e as alterações legais que entrarão em vigor", acrescentou a Petrobras.
Mais cedo, em entrevista à TV GloboNews, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o governo instituirá um imposto de importação de diesel e que importadores de combustíveis também serão beneficiados pelo subsídio concedido à Petrobras, ao anunciar medidas que visam atender reivindicações de caminhoneiros em greve.
(Por Luciano Costa)