RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) e Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) criaram um grupo de trabalho que estudará medidas para contribuir com a revitalização do setor no país, a partir da elaboração de um plano integrado de retomada e consolidação, informou a estatal em comunicado nesta quinta-feira.
A primeira reunião será realizada na sexta-feira e o resultado do trabalho será apresentado ao governo, "com o objetivo de mostrar que a indústria química e de fertilizantes enfrenta gargalos que vão além da estratégia de utilização de gás", disse a empresa.
"A Abiquim e a Petrobras entendem que não há uma medida isolada que solucione a situação, mas convergem no entendimento de que são necessárias ações de diversos agentes para aprimorar a capacidade de concorrência da indústria química permitindo-a produzir a um custo competitivo, bem como adoção de medidas de inserção internacional, defesa comercial, e competitividade tributária", afirmou a Petrobras.
A formação do grupo ocorre em momento em que a Petrobras vem sendo pressionada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para elevar a produção de gás natural, permitindo ainda uma queda de preços do insumo no país.
A Petrobras, por sua vez, se prepara para ampliar a oferta de gás a partir de 2024 e 2028, com o início da operação de novos projetos que estão em implantação.
A petrolífera citou que dados da Abiquim mostram que matéria-prima, energia e tributação no Brasil são elevados e impactam a competitividade do setor químico.
No 1º quadrimestre deste ano, os volumes de produção e vendas da indústria química recuaram ao patamar mais baixo dos últimos 17 anos, com uma queda de 10 pontos percentuais no nível de utilização da capacidade instalada ante o mesmo período de 2022, para 67%, disse a Petrobras, citando números da Abiquim.
(Por Marta Nogueira)