Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) terá de aumentar a importação de derivados, especialmente diesel e querosene de aviação, para recuperar os estoques dos produtos em razão do acidente na Replan, em Paulínia (SP), que paralisou a maior refinaria da companhia, disseram à Reuters fontes da estatal.
Os volumes necessários estão sendo calibrados para repor os estoques para setembro.
"Sem dúvida vamos ter de importar", disse uma das fontes da empresa.
Segundo a outra fonte, "serão volumes em quantidades médias".
A perspectiva era de que a Refinaria de Paulínia voltasse a operar nesta sexta-feira, mas a unidade ainda não tem as condições técnicas e de segurança necessárias para a retomada, segundo a reguladora ANP. [nL2N1VF18G]
As fontes não deram um prazo para o reinício das atividades em Paulínia, sinalizando apenas que isso deve ocorrer ao longo da próxima semana.
Para compensar a perda de produção em Paulínia, o nível médio de utilização da capacidade do parque de refino da Petrobras vai aumentar dos atuais cerca de 80 por cento, com os maiores saltos sendo possivelmente observados na RLAM e na Revap, de acordo com as fontes.
"Não há risco de desabastecimento, é importante que fique claro", garantiu a primeira fonte.