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Petróleo atinge baixa de 4 semanas com dólar mais forte e antes de dados

Publicado 28.05.2015, 10:43
© Reuters.
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Investing.com – Os futuros de petróleo West Texas Intermediate reduziram os ganhos anteriores e alcançaram uma baixa de quatro semanas nesta quinta-feira, uma vez que o dólar norte-americano ficou mais forte após as perdas anteriores, em meio a crescentes expectativas de taxas de juros mais altas em nos EUA neste ano.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto com vencimento em julho atingiu uma baixa da sessão de US$ 56,83 por barril, o nível mais fraco desde 29 de abril, antes de ser negociado a US$ 56,97 nas negociações norte-americanas da manhã, caindo 54 centavos, ou 0,94%.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,25%, para 97,58, perto das altas de cinco semanas de 97,88, alcançadas na quinta-feira.

No início do dia, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com novos pedidos de seguro-desemprego na semana passada subiu em 7.000, para 282.000, de um total na semana passada de 275.000. Os analistas esperavam que os novos pedidos de seguro-desemprego caíssem em 5.000 para 270.000 na semana passada.

Os dados pouco fizeram para alterar a visão de que o Banco Central dos EUA (Fed) aumentará as taxas de juros após o verão.

Os dados econômicos divulgados na semana passada, incluindo relatórios sobre a inflação, vendas de imóveis novos, o investimento empresarial e a confiança dos consumidores todos indicaram que a economia está ganhando força após uma desaceleração no primeiro trimestre, apoiando o caso para as taxas de juro mais elevadas até o final deste ano.

Os participantes do mercado estão agora aguardando novos dados semanais sobre as reservas norte-americanas de produtos brutos e refinados para medir a força da demanda de petróleo no maior consumidor mundial da commodity.

Espera-se que o relatório do governo de terça-feira mostre que os estoques de petróleo dos EUA tenham aumentado em 0,9 milhão de barris na semana passada, ao passo que as projeçoes para as reservas de gasolina eram de uma queda de 0,5 milhão de barris.

O relatório será divulgado um dia mais tarde que o habitual em virtude do feriado de Memorial Day, na segunda-feira.

Após o fechamento dos mercados na quarta-feira, o American Petroleum Institute (API), um grupo do setor petrolífero, informou que os estoques de petróleo dos EUA cresceram em 1,3 milhão de barris na semana encerrada em 22 de maio, o primeir aumento em quatro semanas.

Os futuros norte-americanos de petróleo têm estado sob pressão nas últimas sessões em meio a sinais de que a queda acentuada na atividade de perfuração dos EUA nos últimos meses pode estar chegando ao fim.

De acordo com o grupo de pesquisa da indústria Baker Hughes (NYSE: BHI), o número de sondas de perfuração de petróleo em os EUA diminuiu em apenas um na semana passada, ficando em 659.

Os traders de petróleo têm prestando muita atenção à diminuição do número de sondas nos últimos meses, em busca de sinais de que acabará por reduzir o excesso de petróleo para o mercado.

No entanto, a taxa de queda desacelerou nas últimas semanas, alimentando as preocupações de que algumas empresas de óleo de xisto aumentarão sua produção nos próximos meses, caso os preços se estabilizem perto dos níveis atuais.

Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em julho caíram 47 centavos, ou 0,75%, para US$ 61,60 por barril, após terem atingido uma baixa diária de US$ 61,47, um nível não visto desde 15 de abril.

Os preços do Brent negociados em Londres foram influenciados pela produção recorde da OPEP nas últimas sessões. Espera-se que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo manetenha os níveis de produção na reunião de 5 de junho, apesar das atuais preocupações sobre o amplo abastecimento mundial.

O spread entre os contratos de petróleo Brent e WTI ficou em US$ 4,63 por barril no início do dia, em comparação com US$ 4,55 no final do pregão de quarta-feira.

Enquanto isso, no mercado de câmbio, o dólar subiu para 124,30 contra o iene, o nível mais alto desde junho de 2002, impulsionado pelas expectativas de que a recuperação econômica dos EUA iriam pode acelerar o prazo para o aumento das taxas de juros.

O euro desistiu dos ganhos anteriores e foi negociado perto de uma baixa de quase um mês em relação ao dólar estadunidense, após as autoridades europeias terem minimizado as propostas de um acordo entre a Grécia e os seus credores, dizendo que os negociadores ainda tinham muito trabalho a fazer antes de chegar um acordo.

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