Por Peter Nurse
Investing.com -- Os preços do petróleo subiram ligeiramente na quinta-feira com mais indícios de um mercado limitado às vésperas da temporada de viagens rodoviárias no verão dos EUA.
Às 13h41, os contratos futuros do petróleo WTI, negociado em Nova York e referência de preços para os EUA, eram negociados com alta de 3,83%, a US$ 114,56 por barril, enquanto o contrato do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, subia 2,91%, para US$ 114,35 por barril.
Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam ganhos de 1,16%, a US$ 3,8758 por galão.
Os dados divulgados na quarta-feira pela Energy Information Administration dos EUA mostraram um consumo maior que previsto nos inventários de petróleo bruto para a semana de 20 de maio.
"Os inventários de petróleo bruto comercial dos EUA recuaram 1,02 Mbbls ao longo da semana, embora ao considerar as liberações da reserva estratégica de petróleo, os inventários de petróleo bruto totais dos EUA recuaram 6,99 Mbbls", disseram os analistas do ING, em relatório.
Além disso, o mercado de gasolina dos EUA vem se tornando significativamente mais restito, com estoques ao menor nível sazonal desde 2014, bem às vésperas da temporada anual de viagens rodoviárias condução que começa este fim de semana.
Os alertas do CEO da Saudi Aramco, Amin Nasser, sobre a falta de capacidade de reserva no mercado global, também ajudaram a sustentar a alta dos preços.
O prospecto de um embargo da União Europeia ao petróleo russo, como retaliação pela invasão da Ucrânia por Moscou, também está ajudando na elevação dos preços.
O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou na quarta-feira que está confiante na conclusão de um acordo antes da próxima reunião do órgão, no dia 30 de maio, com o objetivo de convencer a Hungria a abandonar sua oposição à iniciativa.
O petróleo bruto tem apresentado negociações voláteis desde o fim de fevereiro, após a invasão da Rússia pela Ucrânia ter embaralhado os fluxos comerciais e alimentado a inflação, enquanto os surtos de Covid-19 na China atingiram com gravidade a demanda do maior importador do mundo.
Os dados da Energy Intelligence mostraram que a demanda de petróleo da China caiu para o menor patamar em dois anos no mês de abril, recuando 8,6% em relação a março, para 12,74 milhões de barris por dia - marcando a primeira vez desde abril de 2020, quando o país foi atingido pelas infecções de Covid-19, que a demanda de petróleo caiu abaixo dos 13 milhões de barris diários.
Xangai, o centro comercial do país, iniciou a reabertura após um extenso lockdown, com a esperança de que a cidade de mais de 25 milhões de habitantes voltasse à normalidade no início de junho.
Em outras notícias, o governo do Reino Unido anunciou a quinta-feira que pretende impor um imposto "temporário e direcionado" de 25% sobre os lucros das empresas de petróleo e gás.
Espera-se que o regime fiscal arrecade as receitas em mais de 5 bilhões de libras (US$ 6,25 bilhões), e o dinheiro deve ser destinado em parte para financiar um pacote mais amplo de subsídios às famílias de baixa renda, com o objetivo de aliviar a crise crescente do custo de vida.