Investing.com - Preços do petróleo caíam nas negociações da América do Norte nesta quinta-feira em meio a preocupações de que a recuperação em curso da produção norte-americana de shale oil esteja afetando os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta global.
O contrato com vencimento em junho do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA caía US$ 0,61, ou 1,3%, com o barril negociado a US$ 48,45 às 9h45 (horário de Brasília).
A referência norte-americana ganhou US$ 0,41 nesta quarta-feira após dados mostrarem que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram redução pela sexta semana seguida.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em julho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres caíam US$ 0,62 e o barril era negociado a US$ 51,59 após terem subido US$ 0,56 no dia anterior.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 1,8 milhão de barris na semana que se encerrou em 12 de maio, a sexta semana seguida de redução.
Entretanto, a retirada foi abaixo das expectativas de redução de 2,3 milhões de barris, sustentando a perspectiva de que a recuperação em curso na produção de shale oil nos EUA estaria afetando os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta global.
O petróleo se recuperava no início da semana devido a notícias de que a Arábia Saudita e a Rússia concordaram em estender os cortes na produção de petróleo por mais nove meses até março de 2018.
Entretanto, os 12 membros restantes da OPEP e outros produtores que participam dos cortes precisam chegar a um acordo sobre a extensão do pacto durante a reunião de 25 de maio.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre janeiro e junho, mas a ação teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
O petróleo bruto caiu para a mínima de cinco meses no início desse mês em meio a receios de que a crescente recuperação na produção nos EUA tenha abalado a fé dos investidores na habilidade da OPEP reequilibrar o mercado.
Na semana passada, a contagem de sondas nos EUA subiu pela 17.ª semana seguida e chegou ao nível mais alto desde agosto de 2015, indicando que mais ganhos na produção doméstica estão a caminho.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em junho perdiam US$ 0,02, ou 1,3%, chegando a custar US$ 1,579 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em junho caíam US$ 0,014 e eram negociados por US$ 1,519 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em junho avançavam US$ 0,045 para US$ 3,237 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques, previsto para o final do dia.