Por Barani Krishnan
Investing.com - Quando a China espirra, o restante do mundo pega um resfriado.
Nesta segunda-feira, foi a vez do petróleo.
Os preços caíram quase 4% depois que o PMI Industrial Caixin da China caiu para 50,3 no mês passado, o menor desde abril de 2020.
A economia da China havia se recuperado amplamente da primeira onda de perturbações causadas pela pandemia, mas os medos crescem de que a variante delta está impondo novos desafios para a segunda maior economia do mundo.
“Uma desaceleração na segunda maior economia do mundo seria um grande golpe para a região em um momento em que vários países estão lutando para lidar com a onda mais recente de Covid”, disse Craig Erlam, analista da OANDA de Nova York.
Embora o número geral de contaminações seja muito menor do que em outras partes do mundo, novos casos foram registrados em 14 das 32 províncias do país, aumentando a probabilidade de contenções adicionais.
“Claramente, a Covid-19 ainda representa um risco para a recuperação da demanda, especialmente em países onde as taxas de vacinação ainda estão baixas”, disseram analistas do ING, em comunicado.
O petróleo West Texas Intermediate, negociado em Nova York e benchmark norte-americano, caiu US$ 2,69, ou 3,6%, a US$ 71,26 o barril. Foi a queda mais acentuada do WTI em um só dia desde 16 de julho.
O Brent, de Londres, benchmark global para o petróleo, caiu US$ 2,32, ou 3,1%, negociado a US$ 73,09 às 17h19 (horário de Brasília), caminhando para sua maior queda desde 19 de julho.
Contribuindo com a carga extra, uma maior produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo foi registrada, cerca de 610 milhões de barris por dia em julho, números não vistos desde abril de 2020, de acordo com pesquisa da Reuters.