Investing.com - A cotação do petróleo continuava a cair nesta segunda-feira, já que o aumento na produção dos EUA neutralizava o otimismo em torno dos esforços globais de redução no abastecimento para retirar o excesso de oferta do mercado.
O contrato do petróleo bruto West Texas Intermediate com vencimento em março recuava US$ 0,78, ou cerca de 1,19%, com o barril negociado a US$ 64,67 por volta das 13h00.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em abril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham perdas de US$ 0,91, ou cerca de 1,33%, e o barril era negociado a US$ 67,67, seu valor mais baixo desde 8 de janeiro.
Os preços do petróleo caíram a Baker Hughes, empresa prestadora de serviços de energia da General Electric (NYSE:GE), ter divulgado na sexta-feira que o número de sondas de exploração de petróleo aumentou pela segunda semana seguida. A contagem teve aumento de seis sondas e totalizou 765 na semana passada, indicando aumento na produção dos EUA.
A produção doméstica dos EUA teve recuperação de quase 20% desde seu nível mínimo mais recente em meados de 2016 e o aumento na atividade de extração significa que a produção deverá crescer ainda mais, já que os produtores estão atraídos pelos preços que estão subindo.
A produção de petróleo dos EUA, conduzida pela extração de shale oil, subiu para 9,91 milhões de barris por dia na semana passada, de acordo com dados do governo divulgados durante a semana, o maior nível desde o início da década de 1970 que está também próximo ao nível da Rússia e da Arábia Saudita, principais produtores.
A cotação do petróleo subiu cerca de 55% a partir de cerca de US$ 43 o barril em junho, favorecida por esforços de cortes conduzidos pela produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia. Em dezembro, os produtores concordaram em estender os atuais cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Além disso, contratos futuros de gasolina recuavam 0,81% para US$ 1,852 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural tinham perdas de 2,60% e estavam cotados a US$ 2,772 por milhão de unidades térmicas britânicas.