Investing.com - Preços do petróleo ampliaram as perdas durante a noite durante as negociações desta terça-feira na América do Norte, descendo ao nível mais baixo em mais de uma semana pois investidores aguardam dados semanais dos estoques de petróleo bruto e produtos refinados nos EUA.
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 16h30 em horário local (17h30 em horário de Brasília) nesta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informação de Energia serão divulgados na quarta-feira, em meio a previsões de diminuição de 1,5 milhão de barris nos estoques de petróleo.
Os números da semana passada mostraram que a produção norte-americana ajudou a levar estoques de petróleo bruto e gasolina a elevados níveis recordes, aumentando os receios de um excesso global.
O contrato com vencimento em maio do petróleo bruto West Texas Intermediate, dos EUA, perdia US$ 0,38, ou 0,7%, com o barril negociado a US$ 52,27 às 9h00 (horário de Brasília) após ter caído para US$ 52,14 durante a noite, valor mais baixo desde 7 de abril.
A referência norte-americana perdeu US$ 0,53 nesta segunda-feira, sob pressão de notícias de que a produção de óleo de xisto nos EUA deve registrar o maior aumento em mais de dois anos em maio.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em junho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdiam US$ 0,49 e o barril era negociado a US$ 54,87. A referência mundial caiu US$ 0,53 no dia anterior.
Exploradores de petróleo nos EUA aumentaram o número de sondas pela 13.ª semana seguida, conforme dados da Baker Hughes, prestadora de serviços de energia, ampliando a recuperação de 10 meses da atividade de extração.
O número total de sondas, portanto, chega a 683, o maior desde setembro de 2015, reforçando receios de que a recuperação em curso na produção de xisto no país possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta mundial
A OPEP realizou um acordo em novembro do ano passado para reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia para nos primeiros seis meses de 2017. A Rússia e outros 10 produtores externos à OPEP concordaram em se juntar ao acordo com uma redução adicional de 600.000 barris por dia.
No total, eles concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia para 32,5 milhões nos seis primeiros meses do ano, mas o movimento teve pouco impacto nos estoques até o momento.
Uma comissão conjunta de ministros de produtores da OPEP e externos à organização se reunirá no final de abril para apresentar sua recomendação quanto ao destino do pacto. A decisão final sobre a extensão ou não do acordo para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em maio caíam US$ 0,017, ou 1%, chegando a custar US$ 1,704 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em maio perdiam US$ 0,012 e eram negociados por US$ 1,620 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em maio caíram US$ 0,032 para US$ 3,131 por milhão de unidades térmicas britânicas.