Investing.com - O petróleo despencou para as mínimas em três meses nesta quarta-feira após a agência de energia dos EUA divulgar aumento nos estoques e na produção de petróleo do país.
O barril do WTI negociado em Nova York afunda 2% e é vendido a US$ 42,05, depois de bater na mínima diária de US$ 41,69. O Brent registrou um recuo mais forte, de quase 3%, sendo negociado em Londres por menos de US$ 44/b.
Os estoques de petróleo nos EUA subiram 1,671 milhão de barris na semana passada contrariando as previões de queda de 2,257 milhões de barris. A manutenção dos estoques em níveis recordes para esta época do ano coloca pressão sobre a cotação da commodity.
A tancagem de gasolina aumentou discretamente em 18 mil barris. O período de verão nos Estados Unidos, que sazonalmente registra a maior demanda de gasolina no ano, não tem sido capaz de reduzir significativamente os estoques do combustível. Nas últimas seis semanas, em cinco houve aumento no volume estocado.
Aumentando o pessimismo dos analistas, a produção dos EUA subiu pela segunda semana consecutiva com apoio do retorno da produção do Alasca após o reparo de dutos de escoamento. Retirando o estado, a produção caiu 12 mil barris, em uma das menores reduções semanais dos últimos meses.
Na sexta-feira é a vez da Baker Hughes divulgar o número de sondas de exploração em atividade no país. Há quatro semanas mais sondas entram em operação, chegando a 371 unidades, segundo o último dado publicado.
Apesar do número de sondas ainda estar em um patamar baixo comparada às mais de 1.600 unidades ativas em meados de 2014, a recuperação pode indicar uma tendência de aumento nas atividades exploratórias no pais.
O receio é que o patamar atual de petróleo seja suficiente para reverter a tendência de queda na produção norte-americana. A queda da cotação do barril desde 2014 e que atingiu a mínima de US$ 26/b desestimulou o investimento no desenvolvimento de novos ativos, o que fez com que a extração caísse mais de 1 milhão de barris/dia no último ano.