NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo chegaram a avançar mais de 10 por cento nesta quarta-feira, superando 50 dólares por barril, numa máxima de um mês, devido ao acordo entre os maiores produtores do mundo para reduzir a produção pela primeira vez desde 2008 em um esforço para sustentar os preços.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que é responsável por um terço da oferta global de petróleo, concordou em cortar a produção a partir de janeiro em cerca de 1,2 milhão de barris por dia, ou mais de 3 por cento, para 32,5 milhões de bpd. [nL1N1DV139]
O corte colocará a produção na faixa mais baixa do acordo preliminar feito em Argel em setembro, e vai reduzir a produção dos atuais 33,64 milhões de bpd.
A Arábia Saudita, maior exportadora do grupo, disse que assumirá a maior fatia dos cortes --reduzindo a produção em quase 500 mil bpd, para 10,06 milhões de bdp-- para concretizar o acordo.
O Iraque, o segundo maior produtor do cartel, que havia relutado aos cortes anteriormente, criando um obstáculo ao acordo, concordou em reduzir a produção em 200 mil barris por dia para 4,351 milhões de bpd.
O petróleo dos EUA (CLc1) para janeiro fechou em alta de 4,21 dólares, ou 9,6 por cento, para 49,44 dolares o barril. O contrato do petróleo Brent (LCOc1) para janeiro, que expira nesta quarta-feira, encerrou em alta de 4,09 dólares, ou 8,82 por cento, a 50,47 dólares por barril.
(Por Jessica Resnick-Ault; reportagem adicional de Amanda Cooper, Karolin Schaps e Henning Gloystein)