Investing.com - Os preços do petróleo avançaram ao maior nível em 3 semanas nesta terça-feira, com os investidores ainda acreditando que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo chegará a um acordo neste mês para controlar a produção.
O petróleo bruto americano registrou a marca de US$ 49,20 o barril nesta terça-feira, o maior nível desde 28 de outubro, e estava a US$ 49,01 o barril às 8h07, em alta de US$ 0,78, ou 1,6%.
A referencial mundial para o Brent futuro marcou US$ 49,72, um avanço de US$ 0,82, ou 1,7%.
Os preços do petróleo registraram salto acentuado nesta segunda-feira após a divulgação de relatos de que os ministros de energia do Iraque e do Irã estão apoiando um corte de produção proposto pela Opep que visava frear o excesso de oferta que pressionou os preços para baixo por mais de dois anos.
A Opep deve se reunir em 30 de novembro para definir uma estratégia para o primeiro semestre de 2017.
O grupo de produtoras está tentando fazer com que seus 14 Estados-membro, além da Rússia, que não faz parte da Opep, implementem cortes de produção coordenados para reduzir o excesso de oferta global e frear a queda dos preços.
No entanto, muitos analistas do mercado continuam céticos quanto às perspectivas para o corte de produção, em meio à incerteza sobre como um eventual acordo seria implementado.
A Opep chegou a um denominador comum para limitar a produção a uma faixa de 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia em uma reunião em setembro.
Mas a produção dos membros da Opep registrou alta recorde em outubro, com 33.64 milhões de barris por dia.
Estabelecer um entendimento sobre um acordo de corte de produção se provou um assunto problemático, com alguns produtores, especialmente o Irã, relutantes com a medida.
O Irã acelerou sua produção em uma tentativa de recuperar participação de mercado depois que as sanções internacionais impostas ao país foram removidas em janeiro deste ano.
Os analistas também alertaram sobre a possível volatilidade do mercado de petróleo nesta semana, com estimativa de baixos volumes de negociação antes do feriado americano do dia de Ação de Graças, na quinta-feira.