O petróleo fechou em alta no mercado futuro nesta quinta-feira. Após uma sessão volátil, os ativos da commodity conseguiram se firmar no positivo depois de a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmar decisão de manter ritmo de aumento de oferta.
O petróleo Petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,42% (US$ 0,93), a US$ 66,50 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mês seguinte subiu 1,16% (US$ 0,80), a US$ 69,67 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Informações desencontradas sobre a reunião da Opep+ pressionaram os preços do petróleo durante a manhã, que chegaram a cair 3%. No entanto, após certa volatilidade, o comunicado oficial da Organização impulsionou os ativos. A Opep+ decidiu manter o plano atual de aumentar a oferta em 400 mil barris por dia (bpd) no mês que vem.
Atendendo a pedidos de alguns países com baixo desempenho, os ministros concordaram em estender os cortes de compensação até junho de 2022.
Em nota, a Capital Economics diz que a decisão adiciona forte pressão sobre os preços do petróleo, uma vez que o surgimento da variante Ômicron do coronavírus aumentou "substancialmente" a incerteza sobre demanda do óleo.
A consultoria aponta que o movimento multilateral coordenado de liberação de estoques da commodity, liderado pelos Estados Unidos, pode ser uma das razões para decisão da Opep+. "Devemos admitir, porém, que a decisão da Opep+ é um tanto surpreendente, dada a queda dos preços desde a divulgação da Ômicron", dizem analista. A Capital Economics não prevê mudança em sua previsão de que o barril de Brent cairá a US$ 60 no fim de 2022.
A Rystad Energy observa que os mercados também acompanham notícias relacionadas à eficácia de vacinas e remédios contra a nova cepa do coronavírus, dados os possíveis impactos sobre a economia e demanda do petróleo.