O petróleo fechou em alta nesta terça-feira, 18, diante das expectativas reforçadas de que o mercado continuará apertado, isto, é com demanda superando a oferta. Os investidores digerem notícias de estímulos econômicos adicionais na China e dados que mostraram aumento na demanda e recuo nos estoques globais da commodity.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 2,13% (US$ 1,58), a US$ 75,66 o barril, enquanto o Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,43% (US$ 1,13), a US$ 79,63 o barril.
O petróleo chegou a ensaiar uma queda após leitura mais fraca que o esperado das vendas no varejo dos Estados Unidos, mas retomou o fôlego à tarde, com o WTI subindo mais de 2% perto do fechamento do mercado.
A sessão contou com divulgação do relatório da Iniciativa Conjunta de Dados das Organizações (Jodi, pela sigla em inglês) que revelou que a demanda global por petróleo subiu 3 milhões de barris por dia em maio ante abril, enquanto os estoques de petróleo caíram 10 milhões de barris por dia, em queda puxada por Arábia Saudita, Canadá, Noruega e Estados Unidos.
O movimento desta terça-feira reflete um descasamento da oferta e demanda, considerando a percepção do mercado de que os estoques americanos estão "abaixo do nível em que precisariam estar", em conjunto com os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) dos últimos meses, de acordo com o consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo. "Além disso, a gente não pode descartar que o petróleo caiu forte nessa segunda-feira, 17, depois que dados do Produto Interno Bruto (PIB) chinês foram divulgados", comentou.
O anúncio pela China de novos estímulos para impulsionar o consumo, bem como a expectativas por mais medidas expansionistas, também esteve no radar. "Mais especulações de um corte na taxa de compulsório bancário (RRR, na sigla em inglês) na China no terceiro trimestre também devem apoiar o mercado de petróleo, pois deverá implicar que a economia da China só vai melhorar, o que deve ser uma boa notícia para as perspectivas de demanda de petróleo daqui para frente", escreveu o analista da Oanda Edward Moya.