O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira, 11, após relatório mensal do Agência Internacional de Energia (AIE) mostrar previsão por demanda recorde este ano. A projeção se soma aos recentes cortes na produção da Rússia e da Arábia Saudita, fortalecendo perspectivas de aperto no mercado. A commodity também subiu no acumulado dos últimos 7 dias, chegando à sua sétima alta semanal consecutiva. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 0,44% (US$ 0,31), a US$ 83,19 o barril. O petróleo Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,47% (US$ 0,41), a US$ 86,81 o barril. Em relação à sexta-feira passada, 4, os contratos mais líquidos do WTI e do Brent subiram 0,44% e 0,66%, respectivamente.
O analista da Oanda Edward Moya avalia que o rali parece não estar perdendo força ainda. "Quando o mercado fica complacente, às vezes é quando se vê uma retração decente nos preços, mas por enquanto parece que qualquer queda do petróleo será comprada", escreveu.
A Oxford Economics acredita que é possível que a Arábia Saudita imponha novas restrições na sua produção, sobretudo se os preços do petróleo caírem abaixo de US$ 81 o barril. Isso porque o balanço da Saudi Aramco (TADAWUL:2222), na última segunda-feira, 7, mostrou queda no lucro decorrente da desvalorização da commodity durante o segundo semestre. "Dada a participação significativa do goverçno na Aramco, que está acima de 90%, isso se traduzirá em menores receitas do governo", contextualizou.
Na sessão de hoje, o mercado observou também o dado semanal do Baker Hughes que indicou estabilidade no número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA, em 525. Também esteve no radar a notícia de que a Arábia Saudita está em negociações com o Paquistão para comprar, entre outros projetos, uma refinaria de petróleo saudita, que pode custar até US$ 14 bilhões.
Na semana que vem, os investidores acompanharão os dados de produção industrial e vendas de varejo de julho da China. A Capital Economics espera ver desaceleração na atividade doméstica e, caso isso se comprove, as expectativas por mais estímulos econômicos do governo chinês deverão crescer, segundo a consultoria. "Acreditamos que o crescimento na produção das refinarias chinesas pode ter desacelerado na comparação mensal, mas continuará historicamente alta, apoiando os preços do petróleo", disse.