Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, nesta quinta-feira. A Agência Internacional de Energia (AIE) detalhou a liberação de reservas para conter os preços, em quadro também de certa cautela nos mercados globais em geral, com a guerra da Rússia na Ucrânia e riscos à demanda futura no radar.
O petróleo WTI para maio fechou em queda de 0,21% (-US$ 0,20), a US$ 96,03 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 0,48% (-US$ 0,49), a US$ 100,58 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No início do dia, os contratos chegaram a subir, com relato sobre queda nas exportações da Rússia. Com perda de fôlego durante a sessão, no fechamento o WTI atingiu mínima em três semanas, chegando mais cedo a recuar mais, perto de mínimas em seis semanas, antes de reduzir perdas. A Oanda afirma que há sinais tanto do lado da oferta quanto da demanda para pressionar os contratos, no quadro atual.
A AIE confirmou e detalhou a liberação de mais 120 milhões de barris de petróleo, totalizando 240 milhões de barris, ao longo de seis meses. A Casa Branca disse em comunicado que os EUA continuarão a adotar ações para apoiar a oferta no curto prazo.
Ao mesmo tempo, há certa cautela com a demanda da China, após o índice de gerentes de compras (PMI) composto do país, publicado na quarta-feira, mostrar forte queda da atividade, em meio a surtos de covid-19 e a lockdowns agressivos do governo para conter a disseminação do vírus.
Nos EUA, Congresso votou para banir importações de petróleo russo e agora o presidente Joe Biden deve referendar a lei. O G7, por sua vez, publicou comunicado, no qual promete pressionar mais Moscou por causa da campanha militar na Ucrânia e dizendo que atuará para reduzir a dependência da Rússia no setor de energia.
*Com informações da Dow Jones Newswires