Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, nesta terça-feira, 5. A commodity chegou a subir logo cedo, diante da possibilidade de novas sanções contra a Rússia, importante produtora, mas ao longo do dia não sustentou o fôlego, após a União Europeia deixar de fora o petróleo de um pacote de sanções e diante do fortalecimento do dólar.
O petróleo WTI para maio fechou em queda de 1,28% (-US$ 1,32), a US$ 101,96 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho caiu 0,83% (-US$ 0,89), a US$ 106,64 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Nas primeiras horas do dia, o petróleo ampliou ganhos da sessão anterior, diante da chance de que Estados Unidos e UE adotem mais sanções conta a Rússia, após acusações de crimes de guerra de militares do país na Ucrânia. O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse que havia consenso sobre ampliar sanções no bloco europeu e mencionou a possível inclusão do petróleo.
No pacote de sanções apresentado pela Comissão Europeia estava um veto ao carvão russo, mas não o petróleo.
O Tesouro norte-americano anunciou nova sanção contra Moscou nesta terça. Além disso, no câmbio o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, se fortaleceu ao longo do dia, o que torna o petróleo mais caro para os detentores de outras moedas e reduz o apetite de investidores.
O TD Securities afirma, em relatório a clientes, que a grande liberação de reservas estratégicas dos EUA se sai bem em conter a escassez no curto prazo. O banco de investimentos diz ainda que lockdowns na China tendem a conter a demanda, no quadro atual.