Os contratos futuros do petróleo fecharam sem sinal único nesta quinta-feira, 12, após uma sessão volátil. O WTI teve leve alta, enquanto o Brent recuou, pressionados pelo avanço do dólar ante suas principais rivais. A redução nas projeções para oferta e demanda do óleo pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) também esteve no radar, enquanto investidores seguem avaliando impactos da covid-19 na China e reflexos da guerra da Rússia na Ucrânia.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho subiu 0,91% (US$ 0,41), a US$ 106,13, enquanto o do Brent caiu 0,06% (US$ 0,06), a US$ 107,45, na Intercontinental Exchange (ICE).
A sessão foi marcada por preços voláteis da commodity, o que o analista da Oanda, Edward Moya, atribui às perspectivas cada vez mais incertas sobre demanda por petróleo à medida que a inflação continua "desconfortavelmente alta" e acelerou as preocupações com o crescimento global.
"O tom de fuga de risco em Wall Street está levando a um dólar muito mais forte que está pesando sobre os preços do petróleo. Muitos operadores de energia seguem fixados sobre o potencial embargo da União Europeia sobre o petróleo russo, o que agora parece estar perdendo forças", diz Moya, que destaca as dificuldades do bloco em conseguir apoio da Hungria.
Logo após as projeções da Opep, o petróleo chegou a acelerar queda, antes de ganhar fôlego. A Organização reduziu sua previsão de aumento tanto para demanda quanto para oferta global da commodity em 300 mil barris por dia (bpd) para 2022.
Fora do grupo, a expectativa é que oferta seja de 2,4 milhões bpd, 300 mil a menos do que o previsto anteriormente. Para Moya, neste cenário, o mercado de petróleo pode ter dificuldades caso a China decida seguir com os abrangentes lockdowns em sua cidade.
Já o Commerzbank ressalta que há preocupações claras de que o fornecimento de gás pela Rússia seja ainda mais restrito, o que poderia aumentar demanda por petróleo.