Investing.com - Preços do petróleo caíram na sexta-feira após terem fechado em nova máxima de três anos na quinta-feira uma vez que temores relativos ao aumento da produção norte-americana prejudicavam o rali guiado pelo aperto na oferta e tensões geopolíticas.
Contratos futuros com vencimento em fevereiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançaram US$ 0,45, ou cerca de 0,73% e eram negociados a US$ 61,56 o barril no fechamento do pregão. O WTI atingiu a máxima de US$ 62,21 no dia anterior, seu nível mais forte desde maio de 2015.
Contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuaram US$ 0,35, ou cerca de 0,51%, para US$ 67,72 o barril no fechamento do pregão. O Brent atingiu a máxima de US$ 68,27 na quinta-feira, também seu nível mais forte desde maio de 2015.
Os preços do petróleo estiveram sob pressão em meio a temores relacionados com o aumento da produção norte-americana, que estava próxima a seus níveis recordes, apesar de dados mostrarem que o número de sondas de petróleo ativas nos EUA teve a maior queda desde novembro.
O número de sondas de petróleo em atividade nos EUA teve redução de cinco e totalizou 742, de acordo com dados da Baker Hughes, empresa prestadora de serviços de energia.
A produção norte-americana teve aumento de 28.000 barris e ficou próxima de 9,8 milhões de barris por dia, informou a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) na quinta-feira, gerando temores de que a produção de petróleo do país pudesse ficar acima de 10 milhões de barris por dia.
Preços do petróleo também foram impulsionados por cortes na produção conduzidos pela Opep e pela Rússia, que começaram em janeiro do ano passado e deverão durar até o final de 2018. O cumprimento do acordo de cortes na produção de forma consistente e a demanda global robusta ajudaram a estimular o rali do mercado de petróleo a partir de meados de 2017.
Na quinta-feira, a EIA informou que os estoques de petróleo bruto dos EUA tiveram redução de 7,4 milhões de barris e totalizaram 424,46 milhões de barris. Esse total está 20% abaixo de sua máxima histórica de março passado.
Protestos contrários ao governo no Irã também ajudaram a dar sustentação aos preços do petróleo durante a semana passada devido aos temores de possíveis problemas no abastecimento.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuaram 1,02% para US$ 1,7891 o galão na sexta-feira, ao passo que o óleo de aquecimento teve queda de 0,71% e fechou a US$ 2,0622 o galão.
Além disso, contratos futuros de gás natural recuaram 3,23% para US$ 2,787 por milhões de unidades térmicas britânicas no final do pregão.
Nesta semana, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deverá publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira
A Administração de Informações de Energia dos EUA deverá divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira
O governo norte-americano irá divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.