Investing.com - Os preços do petróleo desabaram nesta quinta-feira (06). Traders de energia pesaram as perspectivas de cortes de produção coordenados, enquanto acompanham de perto a reunião da OPEP e seus aliados que começou em Viena. Além disso, o mercado foi influenciado pela queda acima do esperado dos estoques de óleo nos EUA, informou hoje a Administração de Informações sobre Energia (Energy Information Administration - EIA).
Os estoques de óleo nos EUA caíram 7,3 milhões de barris na última semana, interrompendo uma sequência de crescimento e ficou acima da expectativa de queda de menos de 1 milhão de barris. A EIA também divulgou as importações americana para a semana encerrada em 30 de novembro, com queda 1,7 milhão de barris. Após a divulgação dos números, as perdas se reduziram.
Os Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) recuavam US$ 1,87, ou cerca de 3,54%, para $ 50,99 por barril às 15:12, após atingir uma baixa intradiária de US$ 50,24.
O petróleo Brent, a referência global, caíam US$ 2,22, ou 3,61%, para US$ 59,32 por barril às 15:12, após terem atingido uma baixa intradiária de US$ 58,42.
A Opep e seus aliados estão trabalhando para reduzir a produção de petróleo em até 1,5 milhão de barris por dia, mas não conseguirão chegar a um consenso se nenhum acordo for feito com a Rússia, disse o ministro da Energia da Arábia Saudita nesta quinta-feira.
A OPEP aguarda notícias do ministro russo da Energia, Alexander Novak, que voltou de Viena para possíveis negociações com o presidente Vladimir Putin.
Novak retorna a Viena na sexta-feira para conversas entre a Opep e seus aliados.
A Opep espera elevar o preço do petróleo, que caiu quase um terço desde outubro, mas o presidente Donald Trump exigiu que o petróleo fique mais barato, evitando os cortes de produção.
Na quarta-feira, Donald Trump pressionou a OPEP a manter a produção de petróleo fluindo.
“Espero que a OPEP mantenha os fluxos de petróleo como estão, não restritos. O mundo não quer ver, ou precisa, de preços mais altos do petróleo! ”, disse ele no Twitter (NYSE:TWTR).
"Esperamos concluir algo até o final do dia de amanhã ... Temos de incluir os países não membros da OPEP ", disse o ministro saudita, Khalid al-Falih, a repórteres.
"Se todos não estiverem dispostos a se unir e contribuir igualmente, vamos esperar até que eles estejam."
Perguntado se a Opep poderia não conseguir chegar a um acordo, ele disse que todas as opções estavam na mesa. Possíveis cortes na produção da Opep e de seus aliados variaram de 0,5 a 1,5 milhão de bpd, e 1 milhão bpd seria aceitável, disse ele.
"Achamos que a Opep vai gastar algum tempo para escolher as palavras que estão sendo usadas. Ser (SA:SEER3) cauteloso demais com as palavras, para agradar o presidente Trump, pode aumentar o risco de diluir a mensagem ", disse Olivier Jakob, da consultoria Petromatrix.
Delegados da Opep disseram que o cartel e seus aliados poderiam cortar a produção em 1 milhão de barris por dia se a Rússia contribuísse com 150 mil bpd dessa redução. Se a Rússia contribuísse com cerca de 250 mil bpd, o corte total poderia ultrapassar 1,3 milhão de bpd.