Reforma Administrativa limitará supersalários; leia principais pontos
Investing.com – Os preços do petróleo recuavam na manhã desta quinta-feira, dando sequência à série de perdas que fizeram a commodity atingir as mínimas de quase quatro meses na sessão anterior, mesmo com especulações de que novas sanções contra o petróleo russo poderiam reduzir a oferta global.
Às 7 h de Brasília, o barril do petróleo Brent, referência internacional e para a Petrobras, caía 0,45%, a US$ 65,07 por barril, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, se desvalorizava 0,41%, cotados a US$ 61,48 por barril, no mercado futuro.
Na quarta-feira, ambos os benchmarks recuaram para os menores níveis desde junho, acumulando perdas próximas de 7% na semana, em meio a receios de excesso de oferta diante do aumento da produção da Opep+ e da deterioração das expectativas para o crescimento econômico global.
Sanções contra a Rússia voltam ao radar
O mercado de petróleo encontrou suporte após declaração dos ministros das finanças do G7, que na quarta-feira anunciaram intenção de reforçar medidas de pressão contra a Rússia, mirando compradores que seguem expandindo aquisições de petróleo russo.
Paralelamente, o Wall Street Journal noticiou que os Estados Unidos devem fornecer à Ucrânia inteligência para ataques de mísseis de longo alcance contra infraestrutura energética russa. A medida poderia atingir refinarias, oleodutos e outras instalações, restringindo receitas do Kremlin e, por consequência, a capacidade de Moscou de ofertar petróleo no mercado internacional.
EIA aponta aumento acima do previsto nos estoques dos EUA
Dados da Administração de Informação de Energia (EIA), divulgados na quarta-feira, mostraram crescimento de 1,8 milhão de barris nos estoques de petróleo na semana encerrada em 26 de setembro, primeiro avanço em três semanas.
O consenso de analistas apontava para acréscimo de 1,5 milhão de barris, mas o resultado superior foi interpretado como sinal de menor atividade de refino e demanda mais fraca, pressionando os preços após uma liquidação expressiva.
Os números também revelaram que os estoques de gasolina aumentaram em 300 mil barris, para 228,7 milhões, enquanto os de destilados avançaram 600 mil barris, totalizando 120,9 milhões.
Opep+ pode discutir novo aumento de produção
As estatísticas chegam em meio a preocupações sobre excesso de oferta após relatos de que a Opep+ pode elevar novamente a produção em novembro.
O grupo já havia aprovado acréscimo modesto de cerca de 137 mil barris diários para outubro, mas fontes indicam que os membros podem debater ajuste mais expressivo, de até 500 mil barris por dia, em reunião marcada para 5 de outubro.
Impasse político nos EUA afeta sentimento do mercado
A paralisação do governo americano, iniciada na quarta-feira após o Congresso não aprovar um projeto orçamentário, acrescentou mais um fator de pressão sobre os preços do petróleo.
O fechamento ameaça adiar a divulgação de indicadores relevantes, como o relatório de emprego não-agrícola e dados de inflação, reduzindo a visibilidade sobre a demanda futura e sobre a trajetória da política monetária.
De forma mais ampla, o impasse em Washington tem ampliado a aversão ao risco nos mercados financeiros, refletindo em menor apetite por commodities ligadas à atividade econômica global.