Investing.com - O petróleo perdeu força nesta quinta-feira encerrando o rali dos preços após a derrocada com o Brexit há uma semana. Os contratos futuros da commodity cederam 3% e são negociados a US$ 48,40 em Nova York e a US$ 49,75 no Brent, em Londres.
Os investidores aproveitaram o dia para realizar ganhos após dois dias com valorização acima de 3% da commodity. Os ganhos dos últimos dois pregões viram após as perdas de 7,5% com o resultado da votação no Reino Unido pela saída da União Europeia.
Os traders permanecem com dúvidas em relação ao impacto da decisão britânica sobre a demanda futura de combustíveis da Europa. Analistas avaliam que a economia dos países deverá sofrer com o ambiente de incertezas criado pelo Brexit.
No trimestre, contudo, o petróleo registra ganhos expressivos com valorização de 26% frente ao fechamento de US$ 38,34 em 31 de março. É o melhor trimestre da commodity desde 2009.
Os ganhos dos últimos três meses foram garantidos com cortes na oferta, como as paradas no Canadá, provocadas por incêndio florestal, e na Nigéria, que enfrenta a sabotagem por grupos rebeldes de sua logística de escoamento de petróleo.
Os estoques norte-americanos passaram a ceder e, ontem, foi confirmada a sexta queda consecutiva, com expressiva redução de 4,1 milhões de barris na semana passada. A produção do país também segue em declínio com os preços baixos da commodity.
Investidores, entanto, temem que o barril não tenha mais força nos fundamentos para avançar acima dos US$ 50/b, patamar atingido em meados de maio.
Esse nível de preços, segundo algumas análises, pode ser o suficiente para que produtores dos EUA retomem sua produção, interrompida com a queda do barril, que chegou aos US$ 26,05/b em fevereiro. A recuperação da produção norte-americana poderá elevar a sobreoferta, pressionando os preços.
Ainda de olho nos EUA, os estoques, apesar das últimas quedas, estão em níveis recordes. O país possui, segundo a EIA, 543 milhões de barris estocados, que servem de contraponto a uma possível valorização do petróleo.