O petróleo subiu nesta sexta-feira, 11, após uma sessão marcada pela volatilidade. Os preços do óleo no mercado futuro foram influenciados por sinalizações de pausa nas negociações do acordo nuclear do Irã, por acenos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre possíveis negociações com a Ucrânia e o anúncio de novas sanções a Moscou pelo G7.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para o mês que vem fechou em alta de 3,12% (US$ 3,31), a US$ 109,33. Na semana, o contrato teve queda de 5,49%. Enquanto isso, o do Brent para maio subiu 3,05% (US$ 3,34) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 112,67, tendo queda semanal de 4,60%.
O contratos futuros do óleo aceleraram altas durante a manhã, após o alto representante da União Europeia para política externa, Josep Borrell, anunciar uma "pausa" nas negociações pela retomada do acordo nuclear de potências mundiais com o Irã. Depois, o petróleo reduziu ganhos, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmando que houve mudanças positivas nas negociações com a Ucrânia por uma solução para o conflito. Volátil, o óleo retomou fôlego e voltou a avançar com anúncio de novas sanções à Rússia pelo G7.
Para Edward Moya, analista da Oanda, o petróleo continuará tendo um comércio volátil, já que as manchetes sobre a guerra na Ucrânia e as negociações nucleares do Irã manterão os comerciantes no limite. "Os preços do petróleo ainda parecem pesados, já que a destruição da demanda por petróleo parece que pode ficar muito pior à medida que as pressões inflacionárias se intensificam quanto mais a guerra na Ucrânia durar. O lado da oferta de petróleo manterá esse mercado apertado por um tempo e o petróleo WTI deve receber um apoio maciço no nível de US$ 100 o barril", afirma, em relatório enviado a clientes.
"O Ocidente pode apertar ainda mais as restrições às exportações de commodities da Rússia. De fato, em um cenário em que haja uma proibição completa pelo Ocidente das importações de energia russa, achamos que o preço do petróleo bruto (Brent) pode chegar rapidamente a US$ 160 por barril", analisa a Capital Economics. "Os eventos em torno da guerra na Ucrânia continuarão a impulsionar os preços das commodities na próxima semana", completa.