EXCLUSIVO-Moraes diz que bancos podem ser punidos se aplicarem sanções dos EUA a ativos brasileiros
Investing.com - Os preços do petróleo avançaram no pregão asiático desta quarta-feira, apoiados por dados que indicaram queda mais acentuada que o previsto nos estoques dos EUA, enquanto investidores acompanhavam as discussões em torno de uma possível iniciativa de paz entre Rússia e Ucrânia, que poderia remodelar as sanções e a dinâmica da oferta global.
Às 7h45 de Brasília, os contratos futuros do Brent para outubro subiam 1%, cotados a US$ 66,45 por barril, e os futuros do West Texas Intermediate (WTI) registravam alta de 1,15%, a US$ 62,47 por barril.
Na véspera, ambos os contratos haviam recuado, diante da percepção de que uma eventual trégua entre Moscou e Kiev poderia ampliar a oferta em um mercado que já enfrenta maior produção da Opep+.
Estoques de petróleo dos EUA caem mais do que o previsto - API
Em atualização divulgada pelo setor, o American Petroleum Institute informou que os estoques de petróleo bruto nos EUA recuaram 2,4 milhões de barris na semana encerrada em 15 de agosto.
A expectativa do mercado era de uma redução de 1,2 milhão de barris, após a alta de 1,5 milhão registrada na semana anterior.
A queda além das projeções contribuiu para sustentar os preços do petróleo.
Negociações de paz entre Rússia e Ucrânia em foco
O presidente Donald Trump declarou na terça-feira que conversou com o presidente russo Vladimir Putin após receber, no dia anterior, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e líderes europeus na Casa Branca.
Segundo Trump, está em preparação uma reunião entre representantes de Moscou e Kiev, que poderia ser seguida por uma cúpula trilateral envolvendo os Estados Unidos.
Em declarações públicas, Trump afirmou que Washington ajudaria a garantir a segurança da Ucrânia como parte de um possível acordo de paz, embora sem detalhar formato ou abrangência das garantias. Zelenskiy descreveu o anúncio como “um grande passo à frente” e indicou disposição para diálogo direto com a Rússia.
Investidores acompanham de perto sinais de que um eventual entendimento possa resultar em flexibilização das sanções ocidentais às exportações de petróleo russo.
A Rússia segue como um dos maiores produtores globais, mas os embargos reduziram parte dos fluxos destinados a mercados ocidentais desde a invasão da Ucrânia.
O mercado também busca esclarecimentos sobre as tarifas adicionais de 25% impostas pelos EUA a produtos indianos, em meio à diplomacia em andamento. As novas taxas foram decretadas por Trump em resposta às compras indianas de petróleo russo e entrarão em vigor em 27 de agosto.