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Petróleo tem nova escalada; EUA devem banir exportações russas de petróleo

Publicado 08.03.2022, 11:18
Atualizado 08.03.2022, 12:19
© Reuters.
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Por Peter Nurse   

Investing.com -- Os preços do petróleo avançaram na terça-feira, enquanto o mercado se prepara para sanções formais dos EUA contra as exportações russas de petróleo, aumentando as preocupações com a oferta global.

Às 12h17 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo WTI, negociado em Nova York e referência de preços para os EUA, eram negociados com alta de 7,07%, a US$ 127,60 por barril, enquanto o contrato do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, subia 6,78%, para US$ 131,62. As duas referências atingiram os seus níveis mais elevados desde julho de 2008 na segunda-feira, com Brent tendo alcançado US$ 139,13 por barril e o WTI, US$ 130,50.

Biden deverá fazer um anúncio às 12:45h sobre "Ações para continuar a responsabilizar a Rússia pela sua guerra sem provocação e injustificada contra a Ucrânia", de acordo com um briefing da Casa Branca.

O mercado do petróleo registrou uma disparada para seus valores mais altos em 14 anos na sequência da invasão russa da Ucrânia, com retaliações do Ocidente ao impor severas sanções a Moscou, limitando o volume de negócios que empresas ocidentais podem conduzir com a Rússia. 

Contudo, o setor de energia foi explicitamente deixado de fora do pacote original de sanções americanas e europeias a fim de evitar danos à economia da Europa. O continente recebe cerca de 10% do seu petróleo e um quarto do seu gás natural de empresas controladas, em última análise, pelo governo de Vladimir Putin.

Esta opinião pode estar a mudar, pelo menos nos EUA, após relatos de que os Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo, vão proibir as importações de petróleo russo, tomando uma posição unilateral sem o envolvimento dos aliados europeus.

Esta perspectiva foi confirmada pelo Senador Democrata Chris Coons no início da terça-feira, que acrescentou que o anúncio pode ser feito terça ou quarta-feira.

"Embora os EUA pareçam estar avançando rapidamente para uma proibição, teremos de manter os olhos mais atentos à Europa, pois é um destino significativo para o petróleo russo, enquanto apenas cerca de 3% das importações de petróleo bruto dos EUA são oriundas da Rússia", afirmaram os analistas do ING em relatório. "A autosanção que estamos vendo neste momento na indústria petrolífera parece estar funcionando quase tão bem quanto uma proibição do petróleo russo".

A Rússia exporta atualmente cerca de 7 milhões de barris de petróleo e derivados diariamente. E, se a Europa e os principais países da Ásia seguíssem a provável decisão norte-americana e proibissem estas exportações, os preços poderiam pular substancialmente, mesmo a partir dos atuais patamares elevados.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, alertou para o fato de que "o aumento dos preços seria imprevisível. Seria US$ 300 por barril, se não mais".

Somam-se ao sentimento bullish do mercado as notícias de um tropeço nas negociações entre o Ocidente e o Irã sobre a possibilidade de reviver om acordo nuclear de 2015, que poderia levar Washington a suspender as sanções sobre a compra do petróleo iraniano. 

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou durante o fim de semana que as sanções Ocidentais em função da Ucrânia haviam se tornado um obstáculo para o acordo nuclear.

"Continuamos trabalhando para tentar retornar a cumprimento mútuo do acordo com o Irã", disse o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, mais cedo na terça-feira. "A Rússia continua empenhada nesses esforços e tem o seu próprio interesse em garantir que o Irã não seja capaz de adquirir armas nucleares".

O Irã era o segundo maior produtor da OPEP e um acordo poderia permitir ao país do Golfo Pérsico trazer de volta cerca de 1 milhões de barris de produção diária de petróleo.

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